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VILSON MENDES (1943-2009)
Um incentivador da cultura catarinense
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O passarinho curió, há 20
anos na família Mendes, não
piou mais desde que Vilson
morreu, há uma semana, de
infarto. Pirata, o cachorro
dele, também não tem saído
muito da casinha. "Estão
tristes", diz Neuci, casada
com Vilson há 37 anos.
Amante dos animais, todos os dias ele jogava no
quintal ração para aves e esperava que os passarinhos da
vizinhança fossem comer.
Esse era um dos dois hobbies que Vilson levava a sério. O outro era a leitura.
Quando se aposentou do
trabalho de auditor no Tribunal de Contas do Estado
de SC, aos 45, montou uma
locadora de livros com amigos também aposentados.
Com o tempo, ela foi
transformada na editora Papa-Livro, onde ele buscava
publicar de preferência textos relacionados a Florianópolis, sua cidade natal.
Publicou duas obras como
organizador, passou a promover debates entre escritores e criou feiras de livros.
Em alguns anos ficou conhecido como um importante incentivador da cultura na ilha.
Por isso, ganhou na década
de 1990 o troféu "Manezinho
da Ilha", que premia personalidades da cidade.
Atualmente era o presidente da Academia Desterrense de Letras (Desterro era
o nome antigo da ilha).
Morto aos 66 anos no último domingo, deixou quatro
filhos e seis netos.
A missa de sétimo dia será
hoje, às 19h30, na Paróquia
da Santíssima Trindade, em
Florianópolis.
coluna.obituario@uol.com.br
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