|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PATRIMÔNIO
Material será armazenado e ficará disponível na rede; sistema funcionará na Faculdade de Medicina em 2005
Estudante poderá participar de aula via computador
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um mês, a Faculdade de
Medicina da USP deve se tornar o
maior centro de telemedicina da
América Latina. Para chegar ao
posto, um dos principais trunfos
da instituição é o desenvolvimento da sala de aula do futuro -um
espaço virtual.
A tecnologia permite a qualquer
estudante cadastrado participar
de uma aula via computador. Participar, não apenas assistir. Ao entrar na sala virtual, o aluno pode
conversar com os colegas e o professor via chat. Ao mesmo tempo,
um visor mostra o que está acontecendo na sala de aula presencial.
Nesse modelo, lousa e giz são
substituídos pelo tablet PC - pequeno computador que parece
uma prancheta, em cuja tela é
possível escrever com caneta especial. Com o aparelho em mãos,
o professor pode, por exemplo,
acessar um site sobre doenças
cardíacas e grifar os dados mais
importantes enquanto fala sobre
eles. Imediatamente, o site, os grifos e a explicação são reproduzidos no computador do aluno.
Ao fim da aula, todo o material é
arquivado e permanece disponível na rede -quem não souber a
matéria precisará apelar para
uma desculpa mais criativa do
que ter faltado à aula.
Esses recursos devem integrar a
rotina da Faculdade de Medicina
da USP a partir de 2005. A infra-estrutura já estará pronta a partir
do mês que vem. Porém, de acordo com o professor Chao Lung
Wen, da disciplina de telemedicina, o próximo ano será destinado
apenas ao treinamento e à formação de banco de dados.
A sala de aula do futuro se integra a projetos já desenvolvidos
pela faculdade, como o Cyberambulatório, pelo qual médicos de
outras entidades podem enviar à
equipe da FMUSP e do HC dados
sobre casos de difícil solução.
A equipe consultada não assume o paciente à distância, mas
ajuda os médicos a fazer o diagnóstico e a formular o tratamento
adequado. Isso permite, por
exemplo, que uma pessoa da periferia de São Paulo usufrua do conhecimento produzido pela faculdade sem ter de se deslocar até
o HC.
(AMARÍLIS LAGE)
Texto Anterior: Patrimônio: Plástica dá cara nova à Medicina da USP Próximo Texto: Livro traz história da casa de Arnaldo Índice
|