São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2004

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PATRIMÔNIO

Material será armazenado e ficará disponível na rede; sistema funcionará na Faculdade de Medicina em 2005

Estudante poderá participar de aula via computador

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um mês, a Faculdade de Medicina da USP deve se tornar o maior centro de telemedicina da América Latina. Para chegar ao posto, um dos principais trunfos da instituição é o desenvolvimento da sala de aula do futuro -um espaço virtual.
A tecnologia permite a qualquer estudante cadastrado participar de uma aula via computador. Participar, não apenas assistir. Ao entrar na sala virtual, o aluno pode conversar com os colegas e o professor via chat. Ao mesmo tempo, um visor mostra o que está acontecendo na sala de aula presencial.
Nesse modelo, lousa e giz são substituídos pelo tablet PC - pequeno computador que parece uma prancheta, em cuja tela é possível escrever com caneta especial. Com o aparelho em mãos, o professor pode, por exemplo, acessar um site sobre doenças cardíacas e grifar os dados mais importantes enquanto fala sobre eles. Imediatamente, o site, os grifos e a explicação são reproduzidos no computador do aluno.
Ao fim da aula, todo o material é arquivado e permanece disponível na rede -quem não souber a matéria precisará apelar para uma desculpa mais criativa do que ter faltado à aula.
Esses recursos devem integrar a rotina da Faculdade de Medicina da USP a partir de 2005. A infra-estrutura já estará pronta a partir do mês que vem. Porém, de acordo com o professor Chao Lung Wen, da disciplina de telemedicina, o próximo ano será destinado apenas ao treinamento e à formação de banco de dados.
A sala de aula do futuro se integra a projetos já desenvolvidos pela faculdade, como o Cyberambulatório, pelo qual médicos de outras entidades podem enviar à equipe da FMUSP e do HC dados sobre casos de difícil solução.
A equipe consultada não assume o paciente à distância, mas ajuda os médicos a fazer o diagnóstico e a formular o tratamento adequado. Isso permite, por exemplo, que uma pessoa da periferia de São Paulo usufrua do conhecimento produzido pela faculdade sem ter de se deslocar até o HC. (AMARÍLIS LAGE)


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