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Estudo ouviu 1.074 famílias em 77 municípios
DA REPORTAGEM LOCAL
A publicação "Descoberta do
Brincar" começou a ser pensada em 2001, quando especialistas ligados ao tema foram convidados pela multinacional de
alimentos Unilever para realizar um levantamento sobre a
bibliografia existente. Foram
estudados ou entrevistados ao
menos 90 teóricos.
O trabalho embasou a etapa
qualitativa, em que foram ouvidos 32 pais, 64 crianças e 16 especialistas relacionados ao desenvolvimento infantil.
Ano passado, foi a vez da pesquisa quantitativa: 1.014 entrevistas domiciliares, representando um universo de 31 milhões de pais e 24 milhões de
crianças de seis a 12 anos. A
margem de erro do levantamento é de 3,1% para mais ou
para menos.
O estudo cobriu 77 cidades
de todo o país e somou 834 horas de trabalho de campo. A publicação traz a avaliação qualitativa e a análise discriminada
de todo o trabalho de campo,
por sexo e classe social.
Para Maria Ângela Carneiro,
o ineditismo do trabalho está
no cruzamento de dados, na
triangulação obtida pelo olhar
de especialistas, pais e crianças
e pelo aspecto quantitativo.
Segundo Adriana Friedmann, a pesquisa é importante
pelo número de entrevistados,
pela abrangência e pelo fato de
ter "dado voz" à família.
Porém, na sua opinião, na
consolidação dos dados o foco
ficou muito centrado na criança urbana. "O universo das
crianças das regiões ribeirinhas
e rurais é diferente, por isso, a
generalização é complicada."
Marilena Flores, uma das
consultoras da pesquisa, argumenta que o trabalho teve a
preocupação de usar metodologia que traduzisse o universo
do país, com entrevistas nas
grandes e pequenas cidades.
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