São Paulo, segunda-feira, 12 de outubro de 2009

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Assembleias usam reforço na segurança

DA REPORTAGEM LOCAL

Reunir condôminos com perfis diferentes é um desafio e pode transformar a assembleia em guerra campal. Segundo o advogado Michel Rosenthal Wagner, 12 anos de setor imobiliário, prédios com muitos moradores convocam seguranças quando há reunião. Se o risco é alto, há até reforço policial.
Foi o que ocorreu com o Condomínio Residencial Flamboyant, em Osasco (Grande SP), em 2004. Os moradores contestavam o síndico e assinaram um documento solicitando uma assembleia de prestação de contas com policiais presentes. O objetivo era destituí-lo.
O síndico se antecipou e marcou uma assembleia alternativa no salão da igreja Nossa Senhora Aparecida. Também chamou a polícia por garantia. A reunião acabou com um pai-nosso. A reza, porém, não adiantou nada: o síndico foi destituído.
"Existe o tipo de condômino "desconfiado", que acaba pondo em dúvida tudo o que é feito pelo síndico e sua idoneidade. Ele dá forças a outros tipos de morador."

Muito prazer
O advogado cita outras estratégias para promover um convívio saudável. A principal, segundo ele, é estimular que os moradores se conheçam. "Essa relação pessoal reduz intrigas."
Ele exemplifica com o choro infantil. "O morador vai saber que é o Joãozinho, filho do José que está chorando, e não a criança do cara do 52", afirma.
Outra iniciativa é a criação de jornais internos, já adotada em grandes condomínios. Em cada edição uma reportagem apresenta um morador, conta sua história. Pode ainda trazer uma agenda com eventos organizados pelos moradores.
Wagner cita ainda iniciativas de trabalhos comunitários, como cuidar de uma praça em frente ao prédio, por exemplo. "Isso estimula até o exercício da cidadania", afirma.


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