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Assembleias usam reforço na segurança
DA REPORTAGEM LOCAL
Reunir condôminos com
perfis diferentes é um desafio e
pode transformar a assembleia
em guerra campal. Segundo o
advogado Michel Rosenthal
Wagner, 12 anos de setor imobiliário, prédios com muitos
moradores convocam seguranças quando há reunião. Se o risco é alto, há até reforço policial.
Foi o que ocorreu com o Condomínio Residencial Flamboyant, em Osasco (Grande SP),
em 2004. Os moradores contestavam o síndico e assinaram
um documento solicitando
uma assembleia de prestação
de contas com policiais presentes. O objetivo era destituí-lo.
O síndico se antecipou e marcou uma assembleia alternativa
no salão da igreja Nossa Senhora Aparecida. Também chamou
a polícia por garantia. A reunião acabou com um pai-nosso.
A reza, porém, não adiantou
nada: o síndico foi destituído.
"Existe o tipo de condômino
"desconfiado", que acaba pondo
em dúvida tudo o que é feito pelo síndico e sua idoneidade. Ele
dá forças a outros tipos de morador."
Muito prazer
O advogado cita outras estratégias para promover um convívio saudável. A principal, segundo ele, é estimular que os
moradores se conheçam. "Essa
relação pessoal reduz intrigas."
Ele exemplifica com o choro
infantil. "O morador vai saber
que é o Joãozinho, filho do José
que está chorando, e não a
criança do cara do 52", afirma.
Outra iniciativa é a criação de
jornais internos, já adotada em
grandes condomínios. Em cada
edição uma reportagem apresenta um morador, conta sua
história. Pode ainda trazer uma
agenda com eventos organizados pelos moradores.
Wagner cita ainda iniciativas
de trabalhos comunitários, como cuidar de uma praça em
frente ao prédio, por exemplo.
"Isso estimula até o exercício
da cidadania", afirma.
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