São Paulo, sábado, 12 de novembro de 2005

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TRÂNSITO

Incêndio afetou depósito utilizado pelo Detran na cidade de Divinópolis (MG)

Fogo destrói 107 veículos apreendidos

DA AGÊNCIA FOLHA

A Polícia Civil de Divinópolis (125 km a oeste de Belo Horizonte) investiga um incêndio que destruiu 107 veículos, entre carros e motos, em um depósito utilizado pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) na cidade.
O incêndio ocorreu por volta das 21h de quarta-feira, em um pátio particular que abrigava 600 veículos em situação irregular apreendidos pela Polícia Civil. As chamas só foram contidas após a chegada do Corpo de Bombeiros.
O Detran de Divinópolis não tem pátios para alocar os automóveis recolhidos em situação irregular e, por isso, utiliza locais de terceiros.
No boletim de ocorrência registrado pela PM, o proprietário do pátio, Antônio Vieira Filho, disse suspeitar de incêndio criminoso. Isso porque, segundo ele, a cerca elétrica do local foi danificada dois dias antes do incêndio.
Ele afirmou ainda à PM que estava no escritório do depósito quando o incêndio começou. Vieira Filho disse que tentou conter o fogo com um extintor, mas, sem êxito, precisou acionar os bombeiros.
À Folha, Vieira Filho disse ter certeza de que o incêndio foi criminoso. "Foi vandalismo mesmo." Ele disse suspeitar de donos de carros e motos apreendidos insatisfeitos com a diária de R$ 8 cobrada pela manutenção dos veículos no local. Ele afirmou também que o carro mais novo recolhido no pátio era de 1996.

Perícia
A delegada Maria Gorete Rios, que investiga o caso, disse que uma perícia técnica foi feita no depósito e deverá ficar pronta em dez dias. Ela afirmou que ouvirá todas as testemunhas relacionadas nos boletins de ocorrência da PM e do Corpo de Bombeiros.
De acordo com a delegada, nenhuma hipótese será descartada na investigação, inclusive a de que o crime tenha sido cometido pelos próprios donos de veículos apreendidos interessados em uma eventual indenização pelos danos causados pelas chamas.
A delegada disse também que não é possível determinar quem pagará pelos veículos queimados antes da conclusão do inquérito.
(THIAGO GUIMARÃES)


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