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Luz volta, mas 8,3 milhões de pessoas ficam sem água
Moradores de SP, RJ e ES sofreram corte no abastecimento após o apagão
PM diz que recebeu mais chamadas da noite de anteontem até a madrugada de ontem, mas ocorrências caíram de 6.000 para 5.400
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A
FOLHA ONLINE, NO RIO
DO "AGORA"
DA AGÊNCIA FOLHA
O apagão que atingiu o país
afetou também o abastecimento de água, a telefonia celular e
o atendimento em delegacias.
Após o blecaute, 6,7 milhões
de pessoas na região metropolitana de São Paulo, 1 milhão no
Rio de Janeiro e 575 mil no Espírito Santo ficaram sem água.
Na hora do apagão, os sistemas de abastecimento e tratamento de água foram desligados. A maioria foi religada na
madrugada. A previsão é que
tudo seja normalizado hoje pela manhã -ontem, no final do
dia, cerca de 2 milhões em São
Paulo ainda estavam sem água.
Na Vila Guilherme, zona norte da capital, um salão de beleza
teve de desmarcar dez clientes
por causa do problema. Os funcionários passaram o dia de ontem parados. "Tem que ficar
aqui, né? Fazer o quê?", disse a
assistente Paula Veiga, 33.
No Capão Redondo, zona sul,
Anthony dos Santos, 7, suas irmãs e primas usaram potes, panelas, bacias, baldes, tudo o que
podia armazenar água, que chegou de terça a ontem à noite. As
crianças passaram o dia buscando água na bica que fica na
esquina da rua onde moram.
Celulares
Durante o apagão, as ligações
feitas por meio de telefones celulares foram afetadas. É que
mesmo que os aparelhos não
dependam da energia elétrica
para funcionar, algumas antenas de transmissão de sinal,
que têm baterias para funcionar em caso de pane, falharam.
As empresas dizem que o
principal problema foi o congestionamento na rede pelo aumento do volume de chamadas.
A maioria dos celulares até tinha sinal, mas as ligações não
eram completadas. Claro, Oi e
Tim admitem falta de energia
em algumas estações, mas afirmam que o problema foi pontual. A Vivo atribui o problema
apenas ao congestionamento.
Delegacias
Apesar de ter recebido mais
chamadas do que usualmente,
a Polícia Militar diz ter registrado menos ocorrências do
que a média do período.
A sensação de medo causada
pela escuridão fez com que a
PM recebesse 2.400 chamadas
-o normal são 1.000. As ocorrências efetivas, porém, diminuíram 10% -6.000 para
5.400. A PM diz que, como menos pessoas saíram às ruas,
houve menos crimes.
Nas delegacias a procura para registrar ocorrência caiu na
madrugada e aumentou durante o dia de ontem. Segundo o
delegado-geral da Polícia Civil
de São Paulo, Domingos Paulo
Neto, isso já era esperado.
A técnica em raio-x Ivonete
Maria Quintino, 49 anos, tentava registrar o roubo do seu carro no 35º DP (Jabaquara).
"Nem vim ontem porque sabia
que estava sem energia. Agora o
jeito é esperar", disse.
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