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Capitão quer voltar à sua unidade
DA SUCURSAL DO RIO
Absolvido da acusação do homicídio, o capitão Ricardo de
Souza Soares, 42, quer voltar a
atuar no Bope (Batalhão de Operações Especiais).
Soares conclui na próxima semana um curso de aperfeiçoamento de oficiais para tornar-se
major. "Pretendo retornar ao Bope. É o meu lugar de origem, por
ser um homem especializado na
área", afirmou à Folha.
Após o julgamento, Soares disse
que tentou imobilizar Sandro,
sem intenção de matá-lo, e que
houve justiça. "A sociedade, ao
nos absolver, entendeu que não
tivemos deliberadamente a atitude de matá-lo. Eu até sabia que a
sociedade não nos condenava."
Ele disse no tribunal que nunca
foi preso ou processado, exceto
no caso da morte de Sandro.
O advogado Clóvis Sahione citou operações das quais Soares
participou, como uma das prisões
do traficante José Carlos dos Reis
Encina, o Escadinha. Após cumprir prisão por 30 dias, ele respondeu a processo em liberdade.
Já pela morte da refém Geísa
Firmo Gonçalves ninguém foi
processado. O soldado Marcelo
Oliveira dos Santos, autor de um
dos disparos que atingiu a moça,
nunca respondeu pelo episódio.
Ele chegou a ser denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio contra Sandro,
com o capitão Ricardo de Souza
Soares e o então comandante do
Bope, coronel José Penteado. O
juiz Mário Henrique Mazza não
recebeu a denúncia, entendendo
que eles agiram em legítima defesa de terceiros -a própria Geísa.
A família da vítima pediu indenização ao Estado. A ação tramita
na 7ª Vara de Fazenda Pública.
No processo da morte de Sandro, havia inicialmente sete denunciados, inclusive Penteado,
Santos, o motorista do carro da
polícia onde Sandro estava, Paulo
Roberto Alves Monteiro, e o policial que ia de carona, Luiz Antônio de Lima e Silva. A denúncia
contra eles não foi aceita.
(FE E TF)
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