|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PRESERVAÇÃO
Proposta quer evitar descaracterização de edifícios
Rio promoverá tombamento de prédios construídos nos anos 50
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
A Prefeitura do Rio prepara o
tombamento de pelo menos 20
prédios erguidos a partir dos anos
50 do século passado. A proposta
é proteger as edificações das reformas descaracterizadoras que
têm ocorrido no município.
Prédios importantes do Rio, como o Avenida Central (avenida
Rio Branco, no centro) e a antiga
sede do "Jornal do Brasil" (avenida Brasil, São Cristóvão, zona
norte), estão na lista de imóveis
que poderão vir a ser tombados,
possivelmente no primeiro semestre do ano que vem.
A sede do "Jornal do Brasil" é
um dos imóveis mais ameaçados.
Nos últimos meses, o prédio, que
está abandonado, foi totalmente
depredado por invasores. Foram
do edifício saqueados encanamentos, peças de metal, vidraças,
madeiras, ferragens e fiações.
Estão na lista em análise pela
prefeitura obra de arquitetos importantes, como Lucio Costa
(1902-1998), os irmãos MMM Roberto (Marcelo Roberto, Milton
Roberto e Maurício Roberto) e
Henrique Mindlin (1911-1971).
O prédio do "Jornal do Brasil" é
de Mindlin, também autor do
projeto do edifício Avenida Central, no largo da Carioca, uma das
principais áreas do centro do Rio.
Inaugurado em 1961, com 34
andares e subsolo, o Avenida
Central foi o primeiro prédio com
estrutura metálica construído na
América Latina.
Há hoje no Rio cerca de 30 mil
imóveis preservados por tombamento ou pelas Apacs (Áreas de
Proteção do Ambiente Cultural).
Coordenador da Comissão de
Assuntos Institucionais do IAB
(Instituto dos Arquitetos do Brasil) nacional e ex-presidente do
IAB-RJ, o arquiteto Carlos Fernando de Andrade elogiou a decisão da prefeitura de tombar edifícios modernos.
Andrade sugeriu o tombamento do edifício Avenida Central, de
um posto de gasolina na curva do
Colombo (zona sul) -"é uma
casca de concreto, um projeto
bem original, dos anos 70"- e de
prédios da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro) na ilha
do Fundão (zona norte).
Texto Anterior: Programa deve investir R$ 23 bi Próximo Texto: Aborto: Mulher deve poder escolher, diz ministra Índice
|