São Paulo, quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

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Padre Júlio Lancelotti recebe Prêmio Direitos Humanos 2007

Ele foi ovacionado no Palácio do Planalto por integrantes dos três poderes

FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ovacionado por mais de 300 pessoas, entre ministros, parlamentares e membros do Judiciário, o padre Júlio Lancelotti recebeu ontem, no Palácio do Planalto, o Prêmio Direitos Humanos 2007, oferecido pela SEDH (Secretaria Especial dos Direitos Humanos). A homenagem, de acordo com o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), foi um "justo e merecido desagravo" ao padre.
"No Estado de Direito, há um princípio fundamental de que as pessoas são inocentes até que transitado em julgado. Podemos estar vivendo mais uma vez o episódio da Escola Base de São Paulo", afirmou Vannuchi ao final da cerimônia, sobre a escola cujos donos, em 1994, foram alvo de falsa acusação de abuso sexual de alunos.
Lancelotti, acusado pelo ex-interno da Febem Anderson Marcos Batista, 25, de dar dinheiro em troca de favores sexuais, não comentou a premiação e também não discursou ao receber um certificado e uma obra do artista plástico Siron Franco. Ele concorreu na categoria "enfrentamento à pobreza", uma das 20 do prêmio.
Em agosto, o padre procurou a polícia alegando que estava sendo extorquido por Anderson Marcos Batista, que ameaçava agredi-lo e denunciá-lo falsamente por pedofilia. A Polícia Civil diz ter provas que comprovam a versão do padre.
De acordo com Lancelotti, ele chegou a ajudar espontaneamente o ex-interno, mas os pedidos de dinheiro aumentaram com o tempo.
Na premiação, o ex-ministro da Justiça e atual presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, José Gregori, fez elogios ao padre. "Esse prêmio reconhece o trabalho apostolar de Lancelotti." Ele recebeu o prêmio das mãos do ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome). Também estavam presentes o vice-presidente José Alencar, a primeira-dama, Marisa Letícia, além, entre outros, dos ministros Tarso Genro (Justiça), Fernando Haddad (Educação) e Dilma Roussef (Casa Civil).


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