São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 2009

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Casa noturna badalada do litoral norte vai fechar por excesso de barulho

Silvia Amparo - 15.nov.09
Fachada do Galeão, casa noturna em Camburi (São Sebastião) que a Justiça mandou interditar

TALITA BEDINELLI
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das casas noturnas mais badaladas do litoral norte do Estado de São Paulo, o Galeão, poderá não funcionar neste verão.
A Justiça determinou a interdição do local por excesso de barulho. Segundo o juiz Guilherme Kirschner, do Fórum de São Sebastião, a casa funciona até depois do horário autorizado (4h) e emite ruídos acima dos permitidos pela legislação. A casa só poderá reabrir após se adequar.
Moradores e donos de pousadas reclamam que a casa noturna não possui o tratamento acústico necessário e que o som da música e das conversas dos frequentadores incomoda a vizinhança.
A decisão foi publicada no "Diário Oficial" do último dia 4, mas a boate continuava funcionando ontem, pois ainda não havia sido lacrada.

Badalação
Localizada em Camburi, uma das principais praias de São Sebastião, a boate fica perto da praia e de casas avaliadas em até R$ 1 milhão, conta Marcelo Miranda, presidente da Sacy (Sociedade Amigos de Cambury).
No verão, passam por noite no Galeão mais de 700 pessoas, incluindo artistas e atletas. O ingresso custa R$ 30 (homens) e R$ 15 (mulheres), de acordo com o proprietário, Silvio Gebaile.
Foi a Sacy que entrou com o processo na Justiça, que culminou com o pedido de lacração da casa.

Batalha judicial
A batalha judicial começou em 2003. Miranda afirma que há cerca de três anos os responsáveis pelo Galeão assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), no qual se comprometeram a fazer as reformas acústicas necessárias no estabelecimento.
"Mas nada foi feito. A gente tem casa lá para descansar e não consegue dormir por causa do barulho", afirma o presidente da entidade, cuja casa fica em frente à boate.
Ele afirma ainda que um laudo encomendado pela Sacy ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) comprovou que o ruído do local é excessivo. "Ninguém quer fechar o lugar, a gente só quer que eles cumpram o termo."
O dono da boate afirma que recorrerá. "Tenho relatórios de 13 fiscalizações da Prefeitura de São Sebastião que mostram que estou dentro da legislação. Recolhi 270 assinaturas de moradores e comerciantes que são contra o fechamento", diz Silvio Gebaile.


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