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Casa noturna badalada do litoral norte vai fechar por excesso de barulho
Silvia Amparo - 15.nov.09
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Fachada do Galeão, casa noturna em Camburi (São Sebastião) que a Justiça mandou interditar
TALITA BEDINELLI
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma das casas noturnas
mais badaladas do litoral norte do Estado de São Paulo, o
Galeão, poderá não funcionar
neste verão.
A Justiça determinou a interdição do local por excesso
de barulho. Segundo o juiz
Guilherme Kirschner, do Fórum de São Sebastião, a casa
funciona até depois do horário
autorizado (4h) e emite ruídos
acima dos permitidos pela legislação. A casa só poderá reabrir após se adequar.
Moradores e donos de pousadas reclamam que a casa noturna não possui o tratamento
acústico necessário e que o
som da música e das conversas
dos frequentadores incomoda
a vizinhança.
A decisão foi publicada no
"Diário Oficial" do último dia
4, mas a boate continuava funcionando ontem, pois ainda
não havia sido lacrada.
Badalação
Localizada em Camburi,
uma das principais praias de
São Sebastião, a boate fica perto da praia e de casas avaliadas
em até R$ 1 milhão, conta
Marcelo Miranda, presidente
da Sacy (Sociedade Amigos de
Cambury).
No verão, passam por noite
no Galeão mais de 700 pessoas, incluindo artistas e atletas. O ingresso custa R$ 30
(homens) e R$ 15 (mulheres),
de acordo com o proprietário,
Silvio Gebaile.
Foi a Sacy que entrou com o
processo na Justiça, que culminou com o pedido de lacração da casa.
Batalha judicial
A batalha judicial começou
em 2003. Miranda afirma que
há cerca de três anos os responsáveis pelo Galeão assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), no qual se comprometeram a fazer as
reformas acústicas necessárias no estabelecimento.
"Mas nada foi feito. A gente
tem casa lá para descansar e
não consegue dormir por causa do barulho", afirma o presidente da entidade, cuja casa fica em frente à boate.
Ele afirma ainda que um
laudo encomendado pela Sacy
ao IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas) comprovou que
o ruído do local é excessivo.
"Ninguém quer fechar o lugar,
a gente só quer que eles cumpram o termo."
O dono da boate afirma que
recorrerá. "Tenho relatórios
de 13 fiscalizações da Prefeitura de São Sebastião que mostram que estou dentro da legislação. Recolhi 270 assinaturas de moradores e comerciantes que são contra o fechamento", diz Silvio Gebaile.
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