São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2001

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Empresas colaboram com ressalvas

DA REPORTAGEM LOCAL

Empresários ouvidos ontem pela Folha dizem que o setor vai receber os pedidos de doações da prefeita Marta Suplicy com boa vontade, mas esperam que isso não se torne um costume da administração petista.
"Acho que é muito complicado para nós não levar em consideração o pedido de uma prefeita, mas não sei se será viável ou não", disse Edmundo Klotz, presidente da Abia (Associação Brasileira da Indústria Alimentícia). Para ele, o empresariado não pode assumir compromisso permanente.
"Não deve ser um hábito porque uma coisa é gerir e outra coisa é fazer mutirões, e ela não pode passar a gestão inteira fazendo mutirão", completou.
A opinião é a mesma na Associação Comercial de São Paulo. "Os empresários têm contribuído em muitas oportunidades pontuais. Não se pode esperar que eles assumam a manutenção no lugar do poder público", disse o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal (vinculado à entidade), Marcel Solimeu.
Para ele, será preciso avaliar o grau de necessidade do município e as possibilidades de contribuição das empresas.
Os restaurantes e o Ceagesp, por sua vez, esperam que a legislação passe a permita a doação a programas sociais da prefeitura dos alimentos desperdiçados todo mês por esses estabelecimentos. De acordo com o setor, o desperdício atinge 20% do produzido.



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