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Advogado atua como vigia e sindicalista
DA REPORTAGEM LOCAL
Filho de guarda de rua, Altino
Francisco da Silva Neto tornou-se
vigia aos 21 anos, depois formou-se em direito e, por fim, virou sindicalista.
Mesmo com diploma universitário e inscrição na OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), Silva
Neto pode ser visto toda noite, de
colete, vigiando casas e lojas comerciais de uma avenida da zona
leste de São Paulo.
Ele cita a sua experiência de 27
anos e os 48 anos de trabalho do
pai para afirmar que sua função é
antiga e consolidada.
"As empresas não querem nossa presença. Só que há espaço para todos. Como ficam as pessoas
que não têm condições de pagar o
que as empresas pedem?"
Apesar do trabalho noturno, o
advogado e vigia divide o dia entre o fórum, onde representa outros guardas, e o Sindicato dos Vigilantes Autônomos de São Paulo,
do qual é presidente.
À noite, monitora a rua com seu
carro e um celular. Ganha de R$
30 a R$ 35 por cliente. Já usou arma ilegalmente, admite, mas hoje
não tem nem cassetete. "Meu trabalho agora é de comunicação."
Do celular, costuma receber ligações de moradores que solicitam sua presença quando chegam
em casa.
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