São Paulo, segunda-feira, 13 de janeiro de 2003

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Advogado atua como vigia e sindicalista

DA REPORTAGEM LOCAL

Filho de guarda de rua, Altino Francisco da Silva Neto tornou-se vigia aos 21 anos, depois formou-se em direito e, por fim, virou sindicalista.
Mesmo com diploma universitário e inscrição na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Silva Neto pode ser visto toda noite, de colete, vigiando casas e lojas comerciais de uma avenida da zona leste de São Paulo.
Ele cita a sua experiência de 27 anos e os 48 anos de trabalho do pai para afirmar que sua função é antiga e consolidada.
"As empresas não querem nossa presença. Só que há espaço para todos. Como ficam as pessoas que não têm condições de pagar o que as empresas pedem?"
Apesar do trabalho noturno, o advogado e vigia divide o dia entre o fórum, onde representa outros guardas, e o Sindicato dos Vigilantes Autônomos de São Paulo, do qual é presidente.
À noite, monitora a rua com seu carro e um celular. Ganha de R$ 30 a R$ 35 por cliente. Já usou arma ilegalmente, admite, mas hoje não tem nem cassetete. "Meu trabalho agora é de comunicação."
Do celular, costuma receber ligações de moradores que solicitam sua presença quando chegam em casa.



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