São Paulo, terça-feira, 13 de janeiro de 2004

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Dono de posto pensa em demitir funcionários

DA REPORTAGEM LOCAL

Prejuízo e demissões. Para o empresário Alexandre Cruz, 52, essas serão as consequências da obra que começou a ser realizada, no último domingo, no cruzamento das avenidas Cidade Jardim e Faria Lima. Cruz é dono de um posto de combustíveis que fica exatamente nesse cruzamento, na área que está interditada.
"A minha expectativa é que a perda no faturamento seja de 90%. Ninguém quer demitir, mas como a gente vai conseguir pagar [os salários]?", questiona o empresário, que está pensando em diminuir o número de funcionários de 54 para dez.
O Treze Cruz Malta é o maior posto da Ipiranga na capital e vende, de acordo com o empresário, 700 mil litros de combustível por mês. Na previsão de Cruz, as vendas não devem passar de 100 mil litros neste mês.
Cruz também critica a utilidade da obra. "Vai diminuir quatro minutos o tempo que os ricos esperam no farol. É para os ricos não perderem tempo. Esse dinheiro tinha de ir para o Jardim Ângela [bairro na periferia da cidade]."
Os comerciantes da região da Faria Lima formaram, na semana passada, a ONG Boulevard Cidade Jardim, para representar os interesses da categoria na Prefeitura de São Paulo. De acordo com Roberto Brendim, representante da ONG, a entidade é a favor da obra, mas não da forma como ela começou. Na opinião de Brendim, os comerciantes não foram devidamente informados.


Colaborou o "Agora"


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