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Dono de posto pensa em demitir funcionários
DA REPORTAGEM LOCAL
Prejuízo e demissões. Para o
empresário Alexandre Cruz, 52,
essas serão as consequências da
obra que começou a ser realizada,
no último domingo, no cruzamento das avenidas Cidade Jardim e Faria Lima. Cruz é dono de
um posto de combustíveis que fica exatamente nesse cruzamento,
na área que está interditada.
"A minha expectativa é que a
perda no faturamento seja de
90%. Ninguém quer demitir, mas
como a gente vai conseguir pagar
[os salários]?", questiona o empresário, que está pensando em
diminuir o número de funcionários de 54 para dez.
O Treze Cruz Malta é o maior
posto da Ipiranga na capital e vende, de acordo com o empresário,
700 mil litros de combustível por
mês. Na previsão de Cruz, as vendas não devem passar de 100 mil
litros neste mês.
Cruz também critica a utilidade
da obra. "Vai diminuir quatro minutos o tempo que os ricos esperam no farol. É para os ricos não
perderem tempo. Esse dinheiro
tinha de ir para o Jardim Ângela
[bairro na periferia da cidade]."
Os comerciantes da região da
Faria Lima formaram, na semana
passada, a ONG Boulevard Cidade Jardim, para representar os interesses da categoria na Prefeitura
de São Paulo. De acordo com Roberto Brendim, representante da
ONG, a entidade é a favor da obra,
mas não da forma como ela começou. Na opinião de Brendim,
os comerciantes não foram devidamente informados.
Colaborou o "Agora"
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