São Paulo, quarta-feira, 13 de fevereiro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cinco são mortos em chacina em SP

DO "AGORA"

Cinco pessoas foram assassinadas em uma chacina anteontem, em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo.
Um bebê de um ano sobreviveu à chacina. Os pais da criança teriam sido mortos porque uma testemunha do crime invadiu a casa deles para escapar da morte.
Essa foi a oitava chacina registrada na Grande São Paulo em 2002 e a que teve o maior número de vítimas. Trinta pessoas já foram vítimas de homicídios múltiplos neste ano.
A matança, registrada às 19h20 de segunda-feira, começou na rua Soldado José Roberto Ramos, em Mogi das Cruzes.
O pedreiro Alex Sandro Francisco Paschoal, 18, o estudante L.M.S., 16, e o aposentado Glaucio das Chagas, 40, caminhavam juntos quando cruzaram com os assassinos -um grupo de quatro ou cinco homens.
Armados com pistolas, eles atiraram diversas vezes contra o trio, matando Paschoal.
O menor L. disse em depoimento informal à polícia que só sobreviveu ao atentado porque fingiu-se de morto após ser baleado. Ele levou tiros no braço esquerdo e nas nádegas. Chagas levou um tiro na cabeça. Ele foi levado ao pronto-socorro do SUS de Mogi, mas não resistiu.
Segundo a polícia, a quarta vítima, Anselmo da Silva Moraes, 24, passava perto do local na hora do crime. Assustado com os disparos, ele teria buscado refúgio na casa do cabeleireiro Anderson Francisco Alves de Souza, 27.
Moraes, segundo a polícia, teria sido seguido pelos assassinos, que acabaram matando, além dele, Souza e sua mulher, a empregada doméstica Valéria Bispo da Costa, 19. Os três foram baleados na cabeça no quarto do casal, onde estava a filha, A.H., de um ano e sete meses. Ela foi a única pessoa da casa a escapar com vida.
Uma mulher que passava próximo à casa foi a única testemunha arrolada pela polícia. Ela teria dito que um dos suspeitos chegou a apontar a arma para ela e puxar o gatilho. Porém a pistola estava descarregada.
Os criminosos fugiram em seguida. Nenhum deles usava capuz ou máscara. A testemunha (que não teve a identidade revelada) e o menor disseram desconhecê-los. L., no entanto, disse à polícia que o pedreiro estaria envolvido em roubo de carros.
Nenhuma das cinco vítimas tinha passagem pela polícia, segundo o 2º DP de Mogi das Cruzes, onde foi registrado o crime.



Texto Anterior: Carandiru: Homem é preso em telhado de casa vizinha a túnel
Próximo Texto: CARNAVAL
Gaviões da Fiel

Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.