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Cinco são mortos em chacina em SP
DO "AGORA"
Cinco pessoas foram assassinadas em uma chacina anteontem,
em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo.
Um bebê de um ano sobreviveu
à chacina. Os pais da criança teriam sido mortos porque uma
testemunha do crime invadiu a
casa deles para escapar da morte.
Essa foi a oitava chacina registrada na Grande São Paulo em
2002 e a que teve o maior número
de vítimas. Trinta pessoas já foram vítimas de homicídios múltiplos neste ano.
A matança, registrada às 19h20
de segunda-feira, começou na rua
Soldado José Roberto Ramos, em
Mogi das Cruzes.
O pedreiro Alex Sandro Francisco Paschoal, 18, o estudante
L.M.S., 16, e o aposentado Glaucio
das Chagas, 40, caminhavam juntos quando cruzaram com os assassinos -um grupo de quatro
ou cinco homens.
Armados com pistolas, eles atiraram diversas vezes contra o trio,
matando Paschoal.
O menor L. disse em depoimento informal à polícia que só sobreviveu ao atentado porque fingiu-se de morto após ser baleado. Ele
levou tiros no braço esquerdo e
nas nádegas. Chagas levou um tiro na cabeça. Ele foi levado ao
pronto-socorro do SUS de Mogi,
mas não resistiu.
Segundo a polícia, a quarta vítima, Anselmo da Silva Moraes, 24,
passava perto do local na hora do
crime. Assustado com os disparos, ele teria buscado refúgio na
casa do cabeleireiro Anderson
Francisco Alves de Souza, 27.
Moraes, segundo a polícia, teria
sido seguido pelos assassinos, que
acabaram matando, além dele,
Souza e sua mulher, a empregada
doméstica Valéria Bispo da Costa,
19. Os três foram baleados na cabeça no quarto do casal, onde estava a filha, A.H., de um ano e sete
meses. Ela foi a única pessoa da
casa a escapar com vida.
Uma mulher que passava próximo à casa foi a única testemunha
arrolada pela polícia. Ela teria dito
que um dos suspeitos chegou a
apontar a arma para ela e puxar o
gatilho. Porém a pistola estava
descarregada.
Os criminosos fugiram em seguida. Nenhum deles usava capuz
ou máscara. A testemunha (que
não teve a identidade revelada) e
o menor disseram desconhecê-los. L., no entanto, disse à polícia
que o pedreiro estaria envolvido
em roubo de carros.
Nenhuma das cinco vítimas tinha passagem pela polícia, segundo o 2º DP de Mogi das Cruzes,
onde foi registrado o crime.
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