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Detran rompe contratos de emplacamento
Departamento rescindiu 9 contratos com empresa acusada de superfaturamento e que é responsável pelo serviço em todo o interior
Segundo a Corregedoria, esquema causou prejuízos de quase R$ 10 milhões; SSP diz que outra companhia assumirá serviço no dia 17
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a Corregedoria-Geral
da Polícia Civil descobrir um
esquema de superfaturamento
que causou prejuízos de quase
R$ 10 milhões, o Detran (departamento de trânsito) rescindiu ontem nove contratos
com a empresa de emplacamento e lacração de veículos
Cordeiro Lopes, responsável
pelo serviço em todos os municípios de SP, menos a capital.
Levantamento da Corregedoria em parceria com a Prodesp
(órgão de processamento de dados do Estado) aponta que, somente em julho, agosto e setembro de 2009, a Cordeiro Lopes apresentou cobranças nas
quais afirmou ter feito serviços
num valor de R$ 16.338.744,39,
mas, na verdade, o Estado deveria ter pago R$ 6.565.912,46
-diferença de R$ 9.772.831,93.
De acordo com a Secretaria
da Segurança, os serviços não
serão afetados com o fim dos
contratos porque, a partir do dia
17, uma empresa contratada de
forma emergencial assumirá os
trabalhos por seis meses, prazo
previsto para nova licitação.
A Segurança Pública também
suspendeu temporariamente a
Cordeiro Lopes de licitações e a
impediu de firmar novos contratos públicos por cinco anos.
Atualmente, um inquérito na
Corregedoria tenta descobrir
se policiais que trabalharam no
Detran à época da assinatura
dos contratos foram ou não beneficiados pela ação da empresa, que, ao todo, está sob suspeita de ter causado prejuízo de
R$ 30 milhões.
A principal suspeita é que, tomando-se como base o que
ocorreu na Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de
Osasco (Grande SP), a cada lacração feita, outras duas eram
cobradas pela Cordeiro Lopes.
Um dos alvos da investigação
é o delegado Ruy Estanislau Silveira Mello, ex-chefe da própria Corregedoria e diretor do
Detran até outubro de 2009.
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