São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 2002

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OUTRO LADO

Alckmin diz que lotação excede em "apenas" 15%

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que "praticamente não há" superlotação no Centro de Detenção Provisória 1 (CDP) de Osasco. Segundo ele, a capacidade do centro estaria excedida em "apenas" 15% além do normal.
De acordo com dados da Secretaria da Administração Penitenciária, porém, o CDP 1 opera com 22% mais presos do que deveria. São 937 detentos em um prédio projetado para 768.
A hipótese de a superlotação ter motivado a rebelião que deixou seis mortos anteontem em Osasco foi negada por Alckmin. Ele disse que a razão do motim teria sido "apenas uma tentativa frustrada de resgate".
Alckmin defendeu o modelo dos CDPs e disse ter como prioridade "tirar o excesso de presos" de cadeias em distritos policiais, sob a responsabilidade da Secretaria da Segurança Pública.
Segundo ele, o governo já conseguiu reduzir de 34 mil para 32 mil os presos em carceragens da polícia.
A Folha tentou entrar em contato ontem com o secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, para que ele comentasse os dados, mas a assessoria do secretário informou que ele não falaria a respeito.
A assessoria da secretaria, no entanto, admitiu a lotação e informou que o problema deve ser amenizado com a conclusão de oito novos CDPs, cujas obras estão em andamento.



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