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OUTRO LADO
Alckmin diz que lotação excede em "apenas" 15%
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB), afirmou ontem que
"praticamente não há" superlotação no Centro de Detenção Provisória 1 (CDP) de
Osasco. Segundo ele, a capacidade do centro estaria excedida em "apenas" 15%
além do normal.
De acordo com dados da
Secretaria da Administração
Penitenciária, porém, o CDP
1 opera com 22% mais presos do que deveria. São 937
detentos em um prédio projetado para 768.
A hipótese de a superlotação ter motivado a rebelião
que deixou seis mortos anteontem em Osasco foi negada por Alckmin. Ele disse
que a razão do motim teria
sido "apenas uma tentativa
frustrada de resgate".
Alckmin defendeu o modelo dos CDPs e disse ter como prioridade "tirar o excesso de presos" de cadeias
em distritos policiais, sob a
responsabilidade da Secretaria da Segurança Pública.
Segundo ele, o governo já
conseguiu reduzir de 34 mil
para 32 mil os presos em carceragens da polícia.
A Folha tentou entrar em
contato ontem com o secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, para que ele
comentasse os dados, mas a
assessoria do secretário informou que ele não falaria a
respeito.
A assessoria da secretaria,
no entanto, admitiu a lotação e informou que o problema deve ser amenizado
com a conclusão de oito novos CDPs, cujas obras estão
em andamento.
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