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São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2003

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AMBIENTE

Ontem, três tipuanas caíram em Moema (zona sul)

Prefeitura contrata IPT para fazer diagnóstico das árvores da cidade

DA REPORTAGEM LOCAL
E DO "AGORA"


Um dia após a queda de uma tipuana causar a morte de uma pessoa na cidade, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente assinou contrato com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para fazer uma espécie de censo das árvores de São Paulo. Ontem, em Moema (zona sul), outras três tipuanas caíram.
O diagnóstico do IPT começará em uma área piloto que inclui os bairros Alto de Pinheiros (zona oeste), Pacaembu (centro), Sumaré (oeste), Vila Nova Conceição e Jardim Paulista (sul) -regiões mais arborizadas da cidade.
O preço do estudo dependerá do resultado obtido na área piloto. De acordo com a secretaria, deverá variar de R$ 300 mil a R$ 500 mil. Será o primeiro estudo do gênero, já que a prefeitura, também segundo a secretaria, não sabe quantas árvores há na cidade nem em que estado estão.
O contrato vinha sendo negociado havia cerca de dois meses, época em que várias árvores caíram em São Paulo após temporais. Somente em 2 de dezembro, 49 foram derrubadas pelas chuvas. Problemas com cupins e fungos são apontados como causas.
Durante a negociação do convênio, técnicos do IPT haviam alertado a prefeitura sobre os riscos que corriam bairros como Alto de Pinheiros e Jardim Paulista. Na região, segundo os técnicos, há espécies como tipuana, jacarandá, pinheiro e alecrim-de-campinas com idade entre 80 e 90 anos.

Acidente
Uma tipuana caiu ontem, na rua Lourenço de Almeida, em Moema. Ao cair, a árvore derrubou outras duas da mesma espécie. Ninguém foi atingido. O acidente aconteceu por volta das 13h e, segundo a Subprefeitura da Vila Mariana, foi provocado pela chuva e ventania.
Na rua Tutóia, no Paraíso (zona sul), onde um homem morreu atingido por uma árvore anteontem, outras árvores ameaçam tombar. Há pelo menos sete muito inclinadas e uma delas já causou até confusão entre vizinhos.
Marlene Cortes, 40, dona de uma lanchonete no número 705 da rua, passou um mês ligando para a Subprefeitura da Vila Mariana para pedir o corte da árvore. De tão inclinada, ela já causou estragos em vários carros.
No dia 8 de fevereiro, quando os funcionários da subprefeitura chegaram, um morador vizinho à lanchonete disse que não deixaria cortar a árvore, alegando que não havia autorização -nesse caso a autorização não era necessária.


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