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Dados estavam errados, dizem "promovidas"
Instituições que subiram de nível afirmam que as informações em que o MEC se baseara para classificá-las tinham equívocos
Inep diz que possibilidade de correção revela "disposição em dialogar" e que 96% das instituições não sofreram alteração de patamar
DA REPORTAGEM LOCAL
Diretores de universidades
cujas notas melhoraram com a
revisão dos critérios do MEC
dizem que a avaliação anterior
se devia a dados errados.
"A primeira impressão é a
que fica", afirma a diretora acadêmica da Unisa (Universidade
de Santo Amaro-SP), Denise
Tofik. Após a revisão, a instituição saiu do nível 2 (reprovado,
com possibilidade de intervenção) para o 3 (adequado).
O problema apontado pela
escola estava no perfil dos professores presente no indicador.
No curso de biologia, por exemplo, 58% têm doutorado, mas
na base do MEC eram 18%.
Tofik afirma que a instituição
fez campanha interna para explicar que os dados estavam errados. Também divulgou o resultados da revisão. "Ficamos
perplexos com o resultado inicial. Pelo menos o MEC entendeu que estávamos corretos."
Já o presidente da Unar (Araras-SP), Claudio Laranjeira,
disse que "quase teve um infarto" ao ver a nota 2. A instituição
também subiu para o nível 3.
Como a Unisa, ele diz que o
problema foi referente ao perfil
do corpo docente. "Alguns dados do MEC estavam incorretos. Mas também não atualizamos algumas informações.
Mostramos isso, e foi acatado."
Diretora do Inep, Iguatemy
de Lucena diz que "a abertura
de período formal para que as
instituições encaminhassem
dúvidas e solicitações mostra
transparência de processos e a
disposição em dialogar".
O diretor-executivo do Semesp (sindicato das universidades particulares de SP), Rodrigo Capelato, sugere que os
dados sejam enviados às instituições antes de serem tornados públicos, para que haja uma
revisão prévia das informações.
As revisões do Inep foram
feitas em dezembro passado,
mas não houve divulgação geral, como para os dados iniciais,
em setembro -as escolas souberam apenas do seu próprio
resultado de pedido de revisão.
O Inep justificou afirmando
que 96% das instituições não
sofreram alteração de nível e
que os novos resultados estão
em sua página eletrônica
(www.inep.gov.br).
(FT)
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