São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Dados estavam errados, dizem "promovidas"

Instituições que subiram de nível afirmam que as informações em que o MEC se baseara para classificá-las tinham equívocos

Inep diz que possibilidade de correção revela "disposição em dialogar" e que 96% das instituições não sofreram alteração de patamar

DA REPORTAGEM LOCAL

Diretores de universidades cujas notas melhoraram com a revisão dos critérios do MEC dizem que a avaliação anterior se devia a dados errados.
"A primeira impressão é a que fica", afirma a diretora acadêmica da Unisa (Universidade de Santo Amaro-SP), Denise Tofik. Após a revisão, a instituição saiu do nível 2 (reprovado, com possibilidade de intervenção) para o 3 (adequado).
O problema apontado pela escola estava no perfil dos professores presente no indicador. No curso de biologia, por exemplo, 58% têm doutorado, mas na base do MEC eram 18%.
Tofik afirma que a instituição fez campanha interna para explicar que os dados estavam errados. Também divulgou o resultados da revisão. "Ficamos perplexos com o resultado inicial. Pelo menos o MEC entendeu que estávamos corretos."
Já o presidente da Unar (Araras-SP), Claudio Laranjeira, disse que "quase teve um infarto" ao ver a nota 2. A instituição também subiu para o nível 3.
Como a Unisa, ele diz que o problema foi referente ao perfil do corpo docente. "Alguns dados do MEC estavam incorretos. Mas também não atualizamos algumas informações. Mostramos isso, e foi acatado."
Diretora do Inep, Iguatemy de Lucena diz que "a abertura de período formal para que as instituições encaminhassem dúvidas e solicitações mostra transparência de processos e a disposição em dialogar".
O diretor-executivo do Semesp (sindicato das universidades particulares de SP), Rodrigo Capelato, sugere que os dados sejam enviados às instituições antes de serem tornados públicos, para que haja uma revisão prévia das informações.
As revisões do Inep foram feitas em dezembro passado, mas não houve divulgação geral, como para os dados iniciais, em setembro -as escolas souberam apenas do seu próprio resultado de pedido de revisão.
O Inep justificou afirmando que 96% das instituições não sofreram alteração de nível e que os novos resultados estão em sua página eletrônica (www.inep.gov.br). (FT)


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