São Paulo, domingo, 13 de março de 2011

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ADOLFO MARTINS CAMILLI (1925-2011)

Adolfinho, grande ídolo do Avaí

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Em 1998, o Avaí, de Florianópolis, consultou torcedores, jornalistas e ex-atletas para escalar uma equipe dos sonhos, formada por ex-jogadores de gerações passadas.
Ficou assim: Saul e Nizeta no ataque, Zenon, Beck, Bráulio e Felipinho ocupando o meio-campo e Loló, Fateco, Veneza e Procópio no setor defensivo. No gol, ele, Adolfo Martins Camilli, o Adolfinho, um dos maiores ídolos da história do Avaí.
Adolfinho, na verdade, começou no basquete, lembra o irmão Paulo. Um dia, foi convidado para atuar como goleiro. Quem o viu em campo garante que ele pegava tudo.
Natural de Florianópolis, era filho de um imigrante italiano que se casou com uma brasileira. De uma família de sete irmãos, só ele levou o esporte a sério. Como, na época, jogar futebol profissionalmente era algo precário, formou-se em administração.
Era empregado do Avaí e da Companhia Florestal de Santa Catarina, que importava e exportava madeiras. Ficou muitos anos na empresa.
Trabalhou ainda no Badesc (Banco do Desenvolvimento do Estado de SC).
O irmão lembra que o goleiro até fez um teste para o Fluminense, mas não se adaptou ao Rio e voltou.
Pelo Avaí, foi tetracampeão catarinense -em 1942, 1943, 1944 e 1945. Jogou ainda na seleção do Estado.
Disciplinado e muito sério em campo, pendurou as chuteiras no meio dos anos 50.
No fim do ano passado, o Avaí homenageou o jogador com um painel. Há dez anos ele tinha problemas cardíacos e diabetes. Morreu na quarta, aos 85, de insuficiência renal. Não teve filhos.

coluna.obituario@uol.com.br


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