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ABASTECIMENTO
Rompimento de adutora prejudica moradores de Recife
Falha na rede deve
deixar 700 mil
sem água em PE
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
PEDRO MOREIRA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O rompimento da principal
adutora do sistema de água Tapacurá, em São Lourenço da Mata
(20 km de Recife), na noite de segunda-feira, pode afetar cerca de
700 mil pessoas da capital, de Camaragibe e de Jaboatão dos Guararapes a partir de hoje. Segundo
a Compesa (empresa responsável
pelo sistema), 80 mil pessoas ficaram sem água ontem.
O vazamento começou por volta de 22h30 de anteontem, mas o
problema só deverá ser solucionado em 72 horas, segundo a empresa. A expectativa é que o abastecimento seja normalizado em
quatro dias. A única saída, diz a
empresa, é economizar.
A companhia divulgou que 60%
dos bairros de Recife amanheceram sem abastecimento. As zonas
sul e oeste foram as mais prejudicadas. Camaragibe, município de
143.732 habitantes, a 15 km da capital, também teve 60% dos bairros afetados. Em Jaboatão dos
Guararapes, os bairros de Socorro, Sucupira e Jaboatão Velho sofreram com a ruptura do cano.
O sistema de Tapacurá funciona
com uma vazão de 4.000 litros/segundo. Com a queda, o sistema
está trabalhando a 1.200 litros/segundo. Não há rede auxiliar.
O trecho danificado fica em
uma área de difícil acesso, na zona
rural, segundo o diretor técnico
da companhia, Álvaro Menezes
da Costa.
Água inflacionada
No bairro Ibura (zona sul de Recife), onde está a maioria das empresas especializadas no fornecimento de água, o preço do caminhão-pipa aumentou. Pela manhã, um caminhão com 16 mil litros era comprado por R$ 60. Por
volta do meio-dia, o preço estava
em R$ 70. No início da noite, algumas empresas cobravam R$ 85.
No bairro Iputinga (zona oeste),
houve pânico no comércio. "Foi
um desespero. O pessoal não queria esperar que a gente entregasse.
Vinham aqui com os garrafões e
ainda compravam outro. Vendi
mais de 70 garrafões de 20 litros
em menos de duas horas", afirma
o comerciante Hélio Diniz.
No Jardim São Paulo (zona sul),
a diretora da escola infantil Pequeno Príncipe, Sandra Dias, decidiu suspender as aulas. "É uma
questão de higiene e segurança."
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