da Folha Ribeirão

Levantamento da Promotoria da Infância e da Juventude de Ribeirão Preto aponta que 40% dos processos de crimes que tramitaram no Fórum da cidade no ano passado foram cometidos por crianças ou adolescentes.
Nos processos por porte de armas, a participação dos adolescentes ainda é maior que a média, sendo de 47,6%. Em 97, 124 inquéritos policiais por porte de arma foram distribuídos para a Vara da Infância e da Juventude de Ribeirão Preto, enquanto 136 foram para as demais varas.
As ocorrências por porte e tráfico de entorpecente que resultaram em ações no ano passado tiveram participação de adolescentes em 40,7% e 37,1% dos casos, respectivamente. Os números são considerados altos pelo promotor da Infância e da Juventude da cidade, Luiz Henrique Pacini Costa.
Grupo de extermínio
O Ministério Público investiga, desde janeiro, o envolvimento de supostos "grupos de extermínio" em assassinatos de adolescentes infratores em Ribeirão Preto.
Relatório feito pela Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor) de Ribeirão Preto aponta que o número de jovens que foram mortos após terem deixado a instituição aumentou cinco vezes nos últimos dois anos.
Segundo Costa, a suspeita sobre a existência do grupo surgiu após a constatação de que grande parte das investigações sobre os homicídios terminavam sem apontar prováveis culpados.
Ele diz que, quando não se consegue levantar a autoria de um assassinato, passa a existir a suspeita da ação de um grupo. Segundo a Febem, entre os anos de 95 e 97 foram mortos 36 adolescentes que passaram pela instituição, com idades entre 16 anos e 18 anos. A investigação do Ministério Público ainda não foi concluída.



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