São Paulo, sábado, 13 de julho de 2002

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"Esse pessoal mente", diz sindicalista

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do sindicato dos motoristas e cobradores, Edivaldo Santiago, prometeu ontem novas manifestações em frente à porta da SPTrans e até mesmo uma nova greve da categoria caso o projeto do novo modelo de transporte coletivo público de São Paulo seja aprovado.
"Esses atos são para resolver o nosso problema, para tentar a solidariedade das autoridades para resolver a nossa crise", disse.
Secretário nacional da Força Sindical -cujo presidente, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, é candidato a vice na chapa de Ciro Gomes (PPS) à Presidência, -Edivaldo negou qualquer motivação política nos protestos. "[A manifestação" não tem caráter eleitoral. Tenho obrigação de defender a minha categoria, pra qual fui eleito presidente, e defender bem", disse.
O sindicalista afirmou ainda que não há mais como negociar com o secretário Carlos Zarattini (Transportes) e que não acredita que o novo projeto, como diz Zarattini, não prevê demissões. "Esse pessoal mente. Eles já mentiram pra categoria", afirmou.
Santiago ainda responsabilizou a Guarda Civil Metropolitana pela confusão de ontem. Segundo ele, os manifestantes "apenas reagiram" quando os guardas decidiram retirá-los da porta da SPTrans. "Quando resistimos em sair, eles [GCM" pegaram um extintor e deram um jato em todos nós. Depois disso, o pessoal se revoltou, nem o almoço a guarda respeitou".
Ele reagiu às críticas da prefeita Marta Suplicy (PT), que chamou o grupo de "bandidos". Segundo o sindicalista, Marta deveria cuidar "um pouco do transporte coletivo", obrigando as empresas a pagarem os salários em dia. "Se tivessem pago, não teria acontecido isso". Ele ainda ameaçou processar a prefeita.



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