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São Paulo, domingo, 13 de julho de 2003

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"Rivais" são cidades que se complementam

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
EDITOR DE OPINIÃO

Poucas coisas tornaram-se mais ociosas do que a rivalidade entre Rio e São Paulo, reavivada pela disputa de dossiês olímpicos e pela troca de farpas entre as respectivas prefeituras.
Tentar ver em São Paulo mais beleza do que no Rio exige esforço tão hercúleo quanto querer descobrir na Cidade Maravilhosa vocação para locomotiva do país. As pessoas que já atingiram um grau mínimo de sabedoria existencial sabem perfeitamente que as duas são cidades complementares.
Quem tiver um mínimo de sensatez (e de dinheiro no bolso) não deve perder tempo com bobagens. Dutra ou ponte-aérea merecem ser frequentadas com assiduidade. Sai-se de São Paulo e chega-se ao Rio -que deslumbre! Luminosidade, mar, montanha, memórias de um Brasil inolvidável.
Cansa-se de tanta beleza ou de tanto calor ou de tanta preguiça e volta-se para São Paulo. Ou o contrário: sai-se do Rio e chega-se a São Paulo: que grande cidade! Quanta vitalidade, quanta gente, quanta coisa a fazer, quantas oportunidades.
Cansa-se de tanto corre-corre ou de tanta fumaça ou de tanto trabalho e volta-se para o Rio. Eis a receita da cidade ideal: após uma grande noite paulista, dormir sob friozinho e garoa e acordar no dia seguinte de frente para o mar de Ipanema.


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