São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

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RIBEIRÃO PRETO

Irmãos de 4 e 7 anos sentiram dores pelo corpo e febre alta; mãe também foi internada

Meningite pode ter matado 2 crianças

KATIUCIA MAGALHÃES
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os irmãos Bruno Rodrigues dos Santos, 4, e Reginaldo dos Santos Júnior, 7, morreram na madrugada de ontem no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (314 km de São Paulo) com suspeita de meningite. Os exames que deverão apontar a causa das mortes ficam prontos em 15 dias. A suspeita é a de que se trata de uma das formas mais graves da doença.
A mãe das crianças, a dona-de-casa Clídia Elisabete Rodrigues, 26, também foi internada na tarde de ontem no HC, com a mesma suspeita. A família mora na Vila Dom Bosco, em Cajuru.
As crianças foram levadas por volta das 18h de anteontem à Santa Casa de Cajuru, após sentirem dores pelo corpo e febre alta. Bruno, que estava com um quadro mais avançado da doença, foi transferido para o hospital de Ribeirão no início da madrugada. Morreu às 2h20 de ontem.
Júnior, que também teve de ser transferido às 2h40, morreu 20 minutos depois. Segundo o pai das crianças, Reginaldo dos Santos, 28, apenas Bruno amanheceu anteontem indisposto e passou o dia com a mãe em casa.
"O Juninho brincou o dia todo no quintal com outras crianças e começou a reclamar de frio no final da tarde", disse. Clídia esperou o marido chegar do trabalho, por volta das 17h, para levar os filhos ao hospital.
Os médicos do SVO (Serviço de Verificação de Óbito), que fizeram a necropsia de Júnior, informaram que, aparentemente, a criança morreu em decorrência de uma doença meningocócica, mas os exames finais só ficarão prontos em 15 dias. O HC, que necropsiou Bruno, deu o mesmo diagnóstico.
Segundo a secretária de Saúde de Cajuru, Cláudia Orsini, se confirmados, serão os primeiros casos na cidade neste ano. Em 2004, não houve nenhum.
A Vigilância Epidemiológica da cidade fará um bloqueio no bairro onde as crianças moravam para evitar novos casos da doença. Em todo o Estado, 284 pessoas entre 2.853 infectados morreram neste ano.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde e Planejamento, Clésio Sousa Soares, há três tipos de doença meningocócica. A mais letal é a meningococcemia.
"Esse tipo da doença evolui de maneira rápida e, na maioria dos casos, o doente não apresenta os sintomas comuns de meningite, como rigidez na nuca", disse. Segundo ele, das cinco pessoas que tiveram esse tipo de doença neste ano em Ribeirão Preto, apenas uma morreu.


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