São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 2006 |
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Ataques atingem bancos, lojas e mercados
Sete agências bancárias, dois supermercados, uma concessionária e uma loja de eletrodomésticos sofreram atentados na Grande SP
DANIELA TÓFOLI DA REPORTAGEM LOCAL Bombas e tiros disparados por integrantes do PCC na madrugada de ontem atingiram pelo menos sete agências bancárias, dois supermercados, uma concessionária de carros e uma loja de eletrodomésticos na capital e na Grande São Paulo. Ninguém ficou ferido, mas os atentados assustaram os vizinhos dos locais. Nos supermercados e na loja de eletrodomésticos, os criminosos deixaram cartazes com a inscrição "contra a opressão carcerária". Em alguns pontos, as bombas causaram incêndios. Foi o caso do supermercado CompreBem, na Bela Vista. Ontem à tarde, funcionários ainda tentavam apagar as marcas do fogo em paredes e no teto e trocavam o balcão da entrada do estabelecimento, que ficou destruído. O gerente, que pediu para não ser identificado, conta que foi acordado por um telefonema às 2h30. "Vim correndo. A polícia e os bombeiros já estavam apagando o fogo." No outro supermercado atingido, o Pão de Açúcar da rua Major Sertório, os criminosos dispararam seis tiros por volta das 2h30 e jogaram uma bomba. Três cartazes foram afixados nos vidros. Os dois mercados não trabalham 24 horas e funcionaram normalmente ontem. A rede Pão de Açúcar, responsável pelo CompreBem, não comentou os ataques. Em Guarulhos, criminosos tentaram atear fogo em uma loja das Casas Bahia. O grupo colocou uma garrafa de gasolina em frente à loja, mas o segurança acionou a polícia antes de o incêndio começar. À 1h, uma concessionária na Mooca foi incendiada. Cinco carros tiveram as frentes destruídas. Um homem de 21 anos foi preso em flagrante, e, segundo a polícia, é ligado ao PCC. Dos sete bancos atingidos entre a 1h30 e as 3h30, sendo três em Osasco, um em Mauá e três na capital (na Sé, na Mooca e em Pinheiros), dois passaram o dia fechados: o Itaú de Mauá e o da Mooca. No último, a porta giratória e parte do teto foram destruídos pelo fogo. Presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino reivindica aumento de vigilância nas agências. A Federação Brasileira de Bancos emitiu nota em que "reitera sua confiança em que o Estado dispõe de meios para garantir a segurança". Funcionários do comércio paulista vão buscar apoio de empresários da Grande São Paulo para fazer paralisações de advertência a partir da próxima semana pedindo mais segurança. Colaboraram DÉBORA FANTINI, FÁBIO TAKAHASHI, VINÍCIUS ABBATE, CLAUDIA ROLLI, KLEBER TOMAZ e MARTHA ALVES, da Reportagem Local Texto Anterior: Grávida ajuda criança a fugir das chamas Próximo Texto: Ao menos 26 cidades do interior e do litoral paulistas são atacadas Índice |
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