São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Trens se chocam na Barra Funda e 42 ficam feridos

Acidente só não foi mais grave porque a composição que não conseguiu parar estava a menos de 20 km/h

600 pessoas estavam a bordo na hora da colisão; CPTM abre sindicância para investigar causas

EDUARDO GERAQUE
ALENCAR IZIDORO

DE SÃO PAULO

Um trem da CPTM bateu por volta das 13h40 de ontem na traseira de outro na plataforma da movimentada estação Palmeiras-Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
O acidente deixou pelo menos 42 passageiros feridos -quase todos levemente.
Ele só não foi mais grave porque a composição responsável pela colisão -e que não conseguiu parar- estava a menos de 20 km/h.
Ela é de 2010, um dos mais novos trens comprados pela CPTM. O que foi atingido e estava parado é antigo, de 1976.
Ambos rodavam na linha 7-rubi (Francisco Morato-Luz). Na hora da batida, levavam perto de 600 pessoas.
A CPTM abriu uma sindicância para apurar as causas. Diz que "é precipitada qualquer conclusão" e que analisará um tipo de caixa-preta.
O maquinista -que saiu ileso- relatou ter acionado um freio de emergência.
Na prática, pode ter havido tanto uma falha do sistema de parada do trem (ao ser acionado sem responder) e de sinalização da via como uma falha humana (a demora para frear).
Entre os feridos, houve só um caso mais delicado, segundo Antônio Ferraz dos Santos, comandante dos bombeiros. Uma mulher sofreu traumatismo torácico.
Ontem à noite, das 42 vítimas encaminhadas para hospitais, 25 já tinham sido liberadas.
"O trem parou de uma vez. O pessoal caiu um em cima do outro. Houve uma freada, depois, a pancada", disse o autônomo Reginaldo Barbosa, 34, ferido na perna.
A operação dos trens na CPTM ainda depende hoje de intervenções manuais. É diferente, por exemplo, da linha 4-amarela do metrô, onde há trem sem condutor.
Embora seja função do maquinista frear, porém, as composições da linha 7 também dispõem de mecanismo automático para reduzir a velocidade em alguns trechos -e que pode ter falhado.
A CPTM tem planos de modernização de suas linhas. Na 7, a mudança deve terminar só em 2013. O novo sistema permite um controle mais eficiente, inclusive para baixar as distâncias entre os trens com segurança.
A CPTM diz que, apesar da modernização prevista, hoje já há um "nível de segurança elevado".


Texto Anterior: Moradia estudantil: 2 prédios do centro vão abrigar alunos estrangeiros da USP
Próximo Texto: Frase
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.