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Trens se chocam na Barra Funda e 42 ficam feridos
Acidente só não foi mais grave porque a composição
que não conseguiu parar estava a menos de 20 km/h
600 pessoas estavam
a bordo na hora da
colisão; CPTM abre
sindicância para
investigar causas
EDUARDO GERAQUE
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
Um trem da CPTM bateu
por volta das 13h40 de ontem
na traseira de outro na plataforma da movimentada estação Palmeiras-Barra Funda,
na zona oeste de São Paulo.
O acidente deixou pelo
menos 42 passageiros feridos
-quase todos levemente.
Ele só não foi mais grave
porque a composição responsável pela colisão -e que
não conseguiu parar- estava a menos de 20 km/h.
Ela é de 2010, um dos mais
novos trens comprados pela
CPTM. O que foi atingido e estava parado é antigo, de 1976.
Ambos rodavam na linha
7-rubi (Francisco Morato-Luz). Na hora da batida, levavam perto de 600 pessoas.
A CPTM abriu uma sindicância para apurar as causas.
Diz que "é precipitada qualquer conclusão" e que analisará um tipo de caixa-preta.
O maquinista -que saiu
ileso- relatou ter acionado
um freio de emergência.
Na prática, pode ter havido tanto uma falha do sistema de parada do trem (ao ser
acionado sem responder) e
de sinalização da via como
uma falha humana (a demora para frear).
Entre os feridos, houve só
um caso mais delicado, segundo Antônio Ferraz dos
Santos, comandante dos
bombeiros. Uma mulher sofreu traumatismo torácico.
Ontem à noite, das 42 vítimas encaminhadas para
hospitais, 25 já tinham sido
liberadas.
"O trem parou de uma vez.
O pessoal caiu um em cima
do outro. Houve uma freada,
depois, a pancada", disse o
autônomo Reginaldo Barbosa, 34, ferido na perna.
A operação dos trens na
CPTM ainda depende hoje de
intervenções manuais. É diferente, por exemplo, da linha 4-amarela do metrô, onde há trem sem condutor.
Embora seja função do
maquinista frear, porém, as
composições da linha 7 também dispõem de mecanismo
automático para reduzir a velocidade em alguns trechos
-e que pode ter falhado.
A CPTM tem planos de modernização de suas linhas.
Na 7, a mudança deve terminar só em 2013. O novo sistema permite um controle mais
eficiente, inclusive para baixar as distâncias entre os
trens com segurança.
A CPTM diz que, apesar da
modernização prevista, hoje
já há um "nível de segurança
elevado".
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