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Nomeação pode gerar nova greve no Rio
free-lance para Folha
A UFRJ (Universidade Federal
do Rio de Janeiro) inicia nesta semana a reposição de aulas em
meio a crise que pode pará-la novamente.
O calendário de reposição, que
seria aprovado pelo Centro de Ensino de Graduação na última
quarta-feira, teve a aprovação
adiada devido à nomeação, naquele dia, do reitor José Henrique
Vilhena pelo ministro da Educação, Paulo Renato de Souza.
A nomeação de Vilhena, que ficou em segundo lugar no colégio
eleitoral para a escolha do reitor,
criou um forte impasse na universidade, e professores disseram que
se sentem "desrespeitados".
Eles querem a renúncia de Vilhena e insistem na posse de Aloísio Teixeira, que venceu em pesquisa entre professores, estudantes e funcionários.
Depois, foi vencedor também no
colégio eleitoral, com o dobro de
votos de Vilhena (62 contra 31).
Amanhã (terça-feira) haverá assembléia dos professores para decidir se vão aderir à greve dos funcionários da universidade -que
começou em 15 de abril e agora
prossegue em repúdio à nomeação de Vilhena.
Além de gerar um calendário irregular, a reposição dos dias perdidos com a greve também vai penalizar os alunos por encurtar
muito as férias de verão.
Cursando o primeiro período de
arquitetura, Roberta Gonçalves
Vasconcelos, 18, foi obrigada a ir
uma vez por semana à faculdade,
para aulas de professores que não
aderiram à greve.
Para ela, será "um sacrifício" estudar no verão, época em que normalmente aproveita para ir à
praia, viajar e passear.
O professor de físico-química
Marco Antônio Faria considera
questão de "ética profissional"
não prejudicar os alunos e cumprir com rigor a meta de repor
completamente as aulas.
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