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LEGISLATIVO
Proposta corta 3 dos 18 assessores e fixa teto de R$ 68 mil mensais para gastos com salários; nova reunião será amanhã
Vereadores resistem a redução de verbas
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira reunião para tratar
das mudanças na estrutura de
gastos e salários da Câmara Municipal de São Paulo, vereadores
mostraram resistência à proposta
de cortar funcionários e reduzir a
verba de gabinete.
Em encontro a portas fechadas,
a que nem seus assessores tiveram
acesso, o vereador Cláudio Fonseca (PC do B) mostrou aos colegas
o plano de reforma, que deve ser
votado até o final do mês.
O projeto propõe, entre outras
medidas, a redução do número de
assessores de cada vereador de 18
para 15, um teto de R$ 68 mil para
os gastos com salários dos gabinetes e uma verba para despesas de
R$ 8.000 mensais. Nesses recursos
para custeio estão incluídos gastos como combustível dos carros
oficiais, correio e papel.
Atualmente, 28 dos 55 vereadores gastam acima de R$ 93 mil
mensais apenas com os salários
dos gabinetes. Com o teto de R$
68 mil -que passaria a incluir
funcionários com gratificações
permanentes, hoje fora do limite-, a Câmara terá uma economia de R$ 987 mil por mês.
De acordo com o relato de Fonseca, os vereadores aprovaram a
parte do projeto que diz respeito
às mudanças na estrutura geral do
Legislativo municipal, como a redução do número de departamentos de 99 para 21.
Sobre os salários, vereadores
ouvidos pela Folha afirmam que
o total de R$ 68 mil é insuficiente
para contratar funcionários de alto nível. Alguns, no entanto, nem
participaram da reunião. Amanhã, haverá novo encontro entre
Fonseca e os vereadores para tratar do tema. Na sexta-feira, o projeto será entregue à Mesa Diretora, para então ir a plenário.
O presidente da Câmara, Arselino Tatto (PT), foi à tribuna defender o projeto de Fonseca. Questionado sobre a possibilidade de a
sua proposta vir a ser modificada,
o vereador disse que acredita que
80% do que defende deva passar.
Essa é a quarta tentativa de reforma desde os anos 90.
A proposta prevê também a extinção de dois dos sete cargos da
Mesa Diretora e a redução do total
de assessores, de 46 para 27.
Ontem, chegaram os novos carros dos vereadores, alugados por
R$ 401,5 mil até o fim do ano. A
renovação da frota, que tinha
mais de dez anos de uso, havia sido acertada em julho deste ano.
(PEDRO DIAS LEITE)
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