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TRANSPORTE
A companhia não sabe das causas do acidente, que ocorreu na madrugada de ontem; ninguém ficou ferido
Dois vagões da CPTM saem dos trilhos
CAMILA TOSELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois vagões de um trem da
CPTM (Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos) descarrilaram na madrugada de ontem, à
0h35, entre as estações Engenheiro Goulart e Tatuapé, na zona leste da cidade de São Paulo.
Não houve nenhum ferido. O
trem estava com poucos passageiros, mas a companhia não tem a
informação de quantos eram
aproximadamente.
Segundo a CPTM, o movimento
nas duas estações é de aproximadamente 1.000 passageiros no horário de pico.
As linhas entre as estações ficaram interrompidas até as 8h20,
quando voltaram a funcionar parcialmente. O trajeto de 4 km que
normalmente que é feito em sete
minutos, levava 20.
Cerca de 50 ônibus do Paese
(Plano de Apoio às Empresas em
Situações de Emergência) fizeram
o transporte dos passageiros no
trecho paralisado. O serviço funcionou até as 8h40.
A assessoria de imprensa da
CPTM não informou a causa do
descarrilamento. Disse apenas
que uma sindicância vai ser aberta para apurar os motivos do acidente e que o laudo deve ficar
pronto em 30 dias.
Outra ocorrência foi registrada
ontem na linha Osasco-Jurubatuba. Um andarilho foi atropelado
às 7h15 nas imediações da estação
Granja Julieta por um trem ia no
sentido Osasco.
Segundo informou a assessoria
de imprensa da companhia, após
o atropelamento, o maquinista
parou o trem e, ao constatar a
morte do andarilho, ele teria tirado o corpo de cima dos trilhos e
seguido a viagem.
A CPTM informou que o procedimento é usual. De acordo com
assessoria, a norma da companhia estabelece que, nesse caso, os
funcionários podem retirar o corpo e prosseguir a viagem.
Os atropelamentos nas linhas
da CPTM mataram 375 pessoas
nos últimos quatro anos.
Nos últimos cinco anos, pelo
menos três acidentes graves envolveram trens em São Paulo, matando dez pessoas e ferindo 129.
O mais grave deles aconteceu no
último dia 28 de julho, na linha
Barra Funda-Francisco Morato.
Laudo elaborado por uma comissão técnica da da empresa descartou a possibilidade de ter ocorrido
problema técnico, apesar de a
energia ter caído e de os freios não
terem sido suficientes para segurar a composição.
No último dia 17, o presidente
da CPTM, Oliver Hossepian Salles
de Lima, admitiu que o governo
do Estado não tem recursos suficientes para manter um nível satisfatório de segurança no transporte feito pela companhia.
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