São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2004
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DESPEDIDA NOS JARDINS Festa na rua encerra atividades do Bar Supremo na Oscar Freire O Bar Supremo, tradicional ponto dos Jardins, fechou com uma festa. Em meio quarteirão da rua Oscar Freire (zona oeste da cidade), o palco montado abrigou ontem músicos como Virgínia Rosa, Nelson Ayres e Simoninha. "É o primeiro bar a fechar com festa", disse Roberto Suplicy, um dos proprietários, visivelmente abatido. Aberto há 19 anos, o Supremo foi o primeiro a adotar o "clube do uísque", onde o cliente pode comprar uma garrafa e vai bebendo aos poucos, no bar. No subsolo, abriga o Supremo Musical. Um lugar minúsculo. Celeiro de vários músicos e casa da Banda Mantiqueira, que agora passa a ser hospedada no Bourbon Street. "Vai ter um novo Supremo. Mas a mágica nunca será a mesma", diz Simoninha. O endereço também é o ponto de encontro de um dos maiores blocos carnavalesco de São Paulo, o Gueri-Gueri. O anúncio de que o bar fora vendido a uma grife espanhola e fecharia as portas pegou vários clientes de surpresa. Um senhor, que não se identificou, se apertava em uma extremidade do balcão. Emocionado, disse que vinha religiosamente ao Supremo. Soube pelos jornais. Chegou às 14h e de lá não saiu. A última festa foi disputada. Dentro do cercado, convidados vips, músicos, publicitários, descolados e famosos se espremiam entre goles de cerveja e caipirinha e bocados de bolinho de bacalhau. A aglomeração provocou lentidão no trânsito nas redondezas. Fora do cercado, cerca de 200 pessoas assistiam ao show e observavam os comensais. "Precisa ter o nome na lista [para entrar]. Eu nem queria mesmo", disse Ana Luiza Conceição, 28, acompanhada de uma amiga, ambas paradas na frente de uma vitrine que exibia uma calça masculina por R$ 973. (DA REPORTAGEM LOCAL) Texto Anterior: Crime em série: Acusado de 9 mortes diz ter assassinado 1 Próximo Texto: Estrada: Acidente na Dutra mata um e fere dois Índice |
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