São Paulo, domingo, 13 de setembro de 2009

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Cia. City retoma bairro planejado em SP

Criadora do City Lapa projeta condomínios no Morumbi e em Pirituba e se prepara para disputar revitalização da cracolândia

Há 17 anos sem investir em São Paulo, companhia diz que pretende se voltar à recuperação de setores hoje desvalorizados na cidade

MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

Responsável pela implantação de bairros planejados como Pacaembu, Jardim América, City Lapa e Alto de Pinheiros (zona oeste), a Cia. City aguarda a aprovação de dois novos projetos em São Paulo e se prepara para ingressar em uma nova seara, a da revitalização de centros históricos, que deve contar com proposta para recuperar o perímetro da cracolândia (região central), rebatizado pela prefeitura de Nova Luz.
Nos próximos meses, dois novos empreendimentos com a marca City devem começar a sair do papel, um no Morumbi (zona oeste) e outro em Pirituba (zona norte), interrompendo uma pausa de 17 anos na criação de bairros em São Paulo -o último fora o City Jaraguá, na zona norte, em 1992.
De lá para cá, as atividades da empresa se concentraram na incorporação de edifícios e na preservação dos bairros que desenhou, orientando moradores e prefeitura sobre obras e possibilidades de uso dos imóveis.
"Agora a cidade se volta para dentro de novo. Queremos nos inserir na reinvenção dessas áreas centrais", diz José Bicudo, presidente da Cia. City, sobre os projetos de revitalização.
A primeira proposta apresentada foi para o entorno da rua Larga, no Rio, feita em parceria com a Light, que se responsabilizou pelo levantamento dos edifícios do perímetro.
O projeto, que custou R$ 2 milhões, pagos pela City, aguarda aprovação da prefeitura carioca. Segundo Bicudo, será o ponto de partida para a proposta da Nova Luz. O prazo estipulado pela prefeitura paulistana para inscrição de projetos termina neste mês.
Em Pirituba, a Cia. City pretende criar um bairro aberto com 4.500 casas em vilas interligadas com centros de comércio em uma área pouco maior que a do parque Ibirapuera (zona sul). O custo é de cerca de R$ 700 milhões, captados em fundos, bancos e com acionistas.
Já no Morumbi, o empreendimento será um condomínio fechado, com sete prédios de 20 andares em meio à mata nativa, na avenida Giovanni Gronchi.
Para preservar as árvores e evitar escavações, a empresa desenhou edifícios sobre pilotis (com colunas no térreo) e garagens no nível da superfície. A área pertencia às Cônegas de Santo Agostinho. O investimento será de R$ 120 milhões.

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