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Cia. City retoma bairro planejado em SP
Criadora do City Lapa projeta condomínios no Morumbi e em Pirituba e se prepara para disputar revitalização da cracolândia
Há 17 anos sem investir em São Paulo, companhia diz
que pretende se voltar à recuperação de setores hoje desvalorizados na cidade
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Responsável pela implantação de bairros planejados como
Pacaembu, Jardim América,
City Lapa e Alto de Pinheiros
(zona oeste), a Cia. City aguarda a aprovação de dois novos
projetos em São Paulo e se prepara para ingressar em uma nova seara, a da revitalização de
centros históricos, que deve
contar com proposta para recuperar o perímetro da cracolândia (região central), rebatizado
pela prefeitura de Nova Luz.
Nos próximos meses, dois
novos empreendimentos com a
marca City devem começar a
sair do papel, um no Morumbi
(zona oeste) e outro em Pirituba (zona norte), interrompendo uma pausa de 17 anos na
criação de bairros em São Paulo
-o último fora o City Jaraguá,
na zona norte, em 1992.
De lá para cá, as atividades da
empresa se concentraram na
incorporação de edifícios e na
preservação dos bairros que desenhou, orientando moradores
e prefeitura sobre obras e possibilidades de uso dos imóveis.
"Agora a cidade se volta para
dentro de novo. Queremos nos
inserir na reinvenção dessas
áreas centrais", diz José Bicudo, presidente da Cia. City, sobre os projetos de revitalização.
A primeira proposta apresentada foi para o entorno da
rua Larga, no Rio, feita em parceria com a Light, que se responsabilizou pelo levantamento dos edifícios do perímetro.
O projeto, que custou R$ 2
milhões, pagos pela City, aguarda aprovação da prefeitura carioca. Segundo Bicudo, será o
ponto de partida para a proposta da Nova Luz. O prazo estipulado pela prefeitura paulistana
para inscrição de projetos termina neste mês.
Em Pirituba, a Cia. City pretende criar um bairro aberto
com 4.500 casas em vilas interligadas com centros de comércio em uma área pouco maior
que a do parque Ibirapuera (zona sul). O custo é de cerca de R$
700 milhões, captados em fundos, bancos e com acionistas.
Já no Morumbi, o empreendimento será um condomínio
fechado, com sete prédios de 20
andares em meio à mata nativa,
na avenida Giovanni Gronchi.
Para preservar as árvores e
evitar escavações, a empresa
desenhou edifícios sobre pilotis (com colunas no térreo) e
garagens no nível da superfície.
A área pertencia às Cônegas de
Santo Agostinho. O investimento será de R$ 120 milhões.
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