São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2008

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Censo mostra que maioria dos presos de SP é branca

DA REPORTAGEM LOCAL

O último censo penitenciário realizado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) apontou que os presídios do Estado de São Paulo abrigam mais pessoas brancas do que negras ou pardas.
Dos 136.114 detentos que estavam sob custódia da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) e cujos perfis foram analisados pelo Depen em junho, 64.214, ou seja, 47% dos presidiários, foram classificados como de cor branca, segundo o estabelecimento prisional onde estavam à época do censo.
Em junho, sem contar os presos em carceragens de delegacias e cadeias públicas, o Estado de São Paulo tinha 145.096 detentos no sistema penitenciário. A etnia de 8.982 detentos não foi analisada pelo censo. Pessoas negras eram 22.214 -16%. As pardas formavam o segundo maior grupo: 48.918 detentos, o que representa 36% da população carcerária.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) adota cinco categorias de cor ou raça: branca, preta, parda, amarela e indígena -critério adotado no censo penitenciário.
Ainda segundo os dados do IBGE de 2004, 71% da população do Estado de São Paulo é branca. Os negros somavam apenas 5% das pessoas que viviam em São Paulo em 2004.
No sistema penitenciário de São Paulo, 320 detentos foram classificados como sendo da cor amarela -0,23%. Outros quatro, indígenas; e 244 entraram no censo étnico do Depen na classificação "outras".
Outra conclusão é a de que apenas 22% dos presos conseguem trabalhar durante o cumprimento de suas penas. Dos 145.096 presos, só 32.174 têm atividade. A cada três dias trabalhados, o detento já condenado tem o direito de abater um dia na sua pena. (AC e BS)



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