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Censo mostra que maioria dos presos de SP é branca
DA REPORTAGEM LOCAL
O último censo penitenciário
realizado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional)
apontou que os presídios do Estado de São Paulo abrigam mais
pessoas brancas do que negras
ou pardas.
Dos 136.114 detentos que estavam sob custódia da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) e cujos perfis foram analisados pelo Depen em
junho, 64.214, ou seja, 47% dos
presidiários, foram classificados como de cor branca, segundo o estabelecimento prisional
onde estavam à época do censo.
Em junho, sem contar os presos em carceragens de delegacias e cadeias públicas, o Estado de São Paulo tinha 145.096
detentos no sistema penitenciário. A etnia de 8.982 detentos não foi analisada pelo censo. Pessoas negras eram 22.214
-16%. As pardas formavam o
segundo maior grupo: 48.918
detentos, o que representa 36%
da população carcerária.
O IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) adota cinco categorias de cor ou raça: branca, preta, parda, amarela e indígena -critério adotado
no censo penitenciário.
Ainda segundo os dados do
IBGE de 2004, 71% da população do Estado de São Paulo é
branca. Os negros somavam
apenas 5% das pessoas que viviam em São Paulo em 2004.
No sistema penitenciário de
São Paulo, 320 detentos foram
classificados como sendo da
cor amarela -0,23%. Outros
quatro, indígenas; e 244 entraram no censo étnico do Depen
na classificação "outras".
Outra conclusão é a de que
apenas 22% dos presos conseguem trabalhar durante o cumprimento de suas penas. Dos
145.096 presos, só 32.174 têm
atividade. A cada três dias trabalhados, o detento já condenado tem o direito de abater
um dia na sua pena.
(AC e BS)
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