São Paulo, quarta-feira, 13 de outubro de 2010

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FOCO

EUA reprovou patinete testado em SP

Os segways, usados na av. Paulista, foram descartados pela polícia de Nova York em 2007

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

Os patinetes elétricos que estão sendo testados nos últimos dias pela PM na avenida Paulista já foram reprovados pela polícia de Nova York.
Após duas tentativas de adicionar os chamados segways à frota da polícia nova-iorquina, eles perderam a corrida para o T3, um veículo de três rodas, em vez de duas, sobre o qual o policial também precisa ficar de pé.
Na primeira vez em que o aparelho foi testado, em 2003, as baterias desligavam repentinamente, jogando o policial para fora do patinete.
Em 2007, foram comprados dez segways para a patrulha em estádios, parques, como o Central Park, e praias urbanas, como Coney Island.
À época, o chefe de polícia de Nova York, Raymond Kelly, destacou as mesmas vantagens hoje apontadas pelos colegas paulistas: mais visibilidade e mobilidade.
Mas, no mesmo ano, proibiu-se o seu uso em ruas e calçadas. Segundo disse um porta-voz da polícia de Nova York, eles são impraticáveis em meio a aglomerações de pedestres e no trânsito, características da Paulista.
Mesmo após pagar US$ 5,3 mil (quase R$ 9 mil) por cada segway -contra os R$ 25 mil por unidade que a polícia paulistana deve gastar-, a polícia de Nova York acabou trocando o aparelho por 13 veículos T3. Neste ano, os T3 passaram a ser usados também em estações de metrô -antes, eram direcionados a parques, calçadões e estádios, como os segways.
Os segways começaram a ser testados em São Paulo no início do mês. Os aparelhos já eram usados por seguranças particulares em shoppings e até pela própria PM no fórum da Barra Funda.
Os PMs paulistas tiveram treinamento sobre como abordar suspeitos e até como evitar atropelamentos.
Dois patinetes estão sendo testados. Serão três meses de experiência, com possível prorrogação por mais três.
O britânico Jimi Heselden, 62, dono da fabricante do segway, foi achado morto no mês passado ao lado de um dos veículos, após acidente em desfiladeiro de 9 metros.


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