São Paulo, terça, 13 de outubro de 1998

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UNIVERSIDADE
Inadimplente que não participar de financiamento pode ficar sem matrícula
PUC-Campinas negocia dívida de aluno

da Folha Campinas

A PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica) começou a parcelar um montante de R$ 12 milhões em dívidas dos estudantes inadimplentes da universidade.
Segundo a PUC, os alunos inadimplentes que não participarem do programa de refinanciamento não vão poder efetuar a pré-matrícula, que é o procedimento de garantia de vaga para 1999.
O total de dívidas corresponde a 12% do orçamento da universidade, que é de R$ 100 milhões.
As dívidas são relativas a mensalidades, pagamentos de classes especiais, créditos excedentes e negociações anteriores em atraso.
O vice-reitor administrativo da PUC-Campinas, José Francisco Bernardes Veiga Silva, disse que a quantidade de parcelas é definida de acordo com o número de mensalidades atrasadas.
"O pagamento é feito sempre o dobro de vezes da quantidade de parcelas em atraso. Por exemplo, se o aluno deve três parcelas, pode pagar em até seis vezes. No entanto, o parcelamento só pode ser feito em até dez vezes", disse.
Para o pagamento em até cinco parcelas, a multa é de 3%. Entre seis e dez parcelas, 6%. Os juros são de 1,5% ao mês.
A pré-matrícula acontecerá em duas etapas. A primeira será entre 14 e 18 de dezembro. Nessa fase, o estudante terá 2% de desconto. A segunda etapa acontecerá entre 4 e 12 de janeiro.
O estudante do 2º ano de jornalismo Fábio Genésio Caetano vai procurar as negociações oferecidas pela universidade para quitar uma dívida do mês de agosto. De acordo com ele, sua dívida é de cerca de R$ 400.
Caetano disse que negociou com a universidade em 97, quando tinha outras dívidas.
Ele afirmou que sua irmã, Juliana, formada em 95, também tem dívidas com a PUC. "Ela fez um parcelamento e não conseguiu pagar as duas últimas parcelas. Por isso, vai aproveitar essa negociação para quitar seu débito", disse.

Eleição
O arcebispo de Campinas, d. Gilberto Pereira Lopes, grão-chanceler da PUC-Campinas, não quis comentar o cancelamento das eleições para a reitoria a partir deste ano.
Procurado pela Folha em uma missa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, ele disse que não falaria sobre o assunto.
A reitoria decidiu cancelar as eleições para cargos de diretoria e coordenadoria da universidade, que deveriam ocorrer em novembro. Estudantes e professores protestaram contra a decisão.



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