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UNIVERSIDADE
Inadimplente que não participar de financiamento pode ficar sem matrícula
PUC-Campinas negocia dívida de aluno
da Folha Campinas
A PUC-Campinas (Pontifícia
Universidade Católica) começou a
parcelar um montante de R$ 12
milhões em dívidas dos estudantes
inadimplentes da universidade.
Segundo a PUC, os alunos inadimplentes que não participarem
do programa de refinanciamento
não vão poder efetuar a pré-matrícula, que é o procedimento de garantia de vaga para 1999.
O total de dívidas corresponde a
12% do orçamento da universidade, que é de R$ 100 milhões.
As dívidas são relativas a mensalidades, pagamentos de classes especiais, créditos excedentes e negociações anteriores em atraso.
O vice-reitor administrativo da
PUC-Campinas, José Francisco
Bernardes Veiga Silva, disse que a
quantidade de parcelas é definida
de acordo com o número de mensalidades atrasadas.
"O pagamento é feito sempre o
dobro de vezes da quantidade de
parcelas em atraso. Por exemplo,
se o aluno deve três parcelas, pode
pagar em até seis vezes. No entanto, o parcelamento só pode ser feito em até dez vezes", disse.
Para o pagamento em até cinco
parcelas, a multa é de 3%. Entre
seis e dez parcelas, 6%. Os juros
são de 1,5% ao mês.
A pré-matrícula acontecerá em
duas etapas. A primeira será entre
14 e 18 de dezembro. Nessa fase, o
estudante terá 2% de desconto. A
segunda etapa acontecerá entre 4 e
12 de janeiro.
O estudante do 2º ano de jornalismo Fábio Genésio Caetano vai
procurar as negociações oferecidas pela universidade para quitar
uma dívida do mês de agosto. De
acordo com ele, sua dívida é de
cerca de R$ 400.
Caetano disse que negociou com
a universidade em 97, quando tinha outras dívidas.
Ele afirmou que sua irmã, Juliana, formada em 95, também tem
dívidas com a PUC. "Ela fez um
parcelamento e não conseguiu pagar as duas últimas parcelas. Por
isso, vai aproveitar essa negociação para quitar seu débito", disse.
Eleição
O arcebispo de Campinas, d. Gilberto Pereira Lopes, grão-chanceler da PUC-Campinas, não quis
comentar o cancelamento das
eleições para a reitoria a partir
deste ano.
Procurado pela Folha em uma
missa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, ele disse que não
falaria sobre o assunto.
A reitoria decidiu cancelar as
eleições para cargos de diretoria e
coordenadoria da universidade,
que deveriam ocorrer em novembro. Estudantes e professores protestaram contra a decisão.
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