São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 2002

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EDUCAÇÃO

Para o ministério, maior participação de estudantes de escolas públicas influenciou negativamente resultados

Perfil dos alunos é mais realista, diz governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o crescimento de mais de 100 mil avaliados no Enem em relação a 2001, aumentou principalmente a participação de alunos de escolas públicas e de baixa renda na prova, fator que, segundo o governo, influenciou negativamente alguns resultados, mas expressa um perfil mais realista dos alunos do ensino médio.
De 1,3 milhão de alunos que fizeram a prova -outros 500 mil não compareceram-, 73% estudaram em escola pública, 21% em escola particular e 6% em ambas. Em 2001, 1,2 milhão de estudantes fizeram a prova, sendo que 66% eram de escolas públicas, 19% de escolas privadas e 15% em ambas.
Além disso, a participação de alunos com renda familiar de até dois salários mínimos passou de 26,8% para 32,3%. A fatia de alunos com renda acima disso diminuiu de 39% para 33,4%.
Segundo o cruzamento oficial, mais de 90% dos alunos das duas faixas de renda mais baixas estão em escolas públicas.
Mais da metade dos participantes declararam trabalhar. Cerca de 40% avaliam que isso atrapalhou o estudo. No geral, 94,4% deles reivindicaram aulas de revisão.
Os alunos da rede pública elogiaram a localização de suas escolas e criticaram a falta de recursos de informática. Os de escolas particulares avaliaram bem o conhecimento dos professores e também criticaram, em menor grau, os recursos de informática.
A inscrição do Enem é gratuita para pessoas de baixa renda desde 2001, e a avaliação já é aceita por 384 instituições de ensino superior como parte do vestibular.
O MEC estima que a prova deste ano abrangeu 50% dos egressos e concluintes do ensino médio.


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