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EDUCAÇÃO
Para o ministério, maior participação de estudantes de escolas públicas influenciou negativamente resultados
Perfil dos alunos é mais realista, diz governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o crescimento de mais de
100 mil avaliados no Enem em relação a 2001, aumentou principalmente a participação de alunos de
escolas públicas e de baixa renda
na prova, fator que, segundo o governo, influenciou negativamente
alguns resultados, mas expressa
um perfil mais realista dos alunos
do ensino médio.
De 1,3 milhão de alunos que fizeram a prova -outros 500 mil
não compareceram-, 73% estudaram em escola pública, 21% em
escola particular e 6% em ambas.
Em 2001, 1,2 milhão de estudantes
fizeram a prova, sendo que 66%
eram de escolas públicas, 19% de
escolas privadas e 15% em ambas.
Além disso, a participação de
alunos com renda familiar de até
dois salários mínimos passou de
26,8% para 32,3%. A fatia de alunos com renda acima disso diminuiu de 39% para 33,4%.
Segundo o cruzamento oficial,
mais de 90% dos alunos das duas
faixas de renda mais baixas estão
em escolas públicas.
Mais da metade dos participantes declararam trabalhar. Cerca
de 40% avaliam que isso atrapalhou o estudo. No geral, 94,4% deles reivindicaram aulas de revisão.
Os alunos da rede pública elogiaram a localização de suas escolas e criticaram a falta de recursos
de informática. Os de escolas particulares avaliaram bem o conhecimento dos professores e também criticaram, em menor grau,
os recursos de informática.
A inscrição do Enem é gratuita
para pessoas de baixa renda desde
2001, e a avaliação já é aceita por
384 instituições de ensino superior como parte do vestibular.
O MEC estima que a prova deste
ano abrangeu 50% dos egressos e
concluintes do ensino médio.
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