São Paulo, sexta-feira, 13 de novembro de 2009

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Professora tapa boca de aluno com fita crepe

Estudante, de quatro anos, ainda teve o braço preso para trás em escola de MG

Colégio diz que, segundo a professora, ela fora xingada pelo menino, mas que se trata de um "lamentável e censurável incidente"

BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Uma professora foi demitida sob acusação de tapar a boca de um menino de quatro anos e de prender seus braços com fita crepe em plena sala de aula.
O caso aconteceu numa escola particular de Sete Lagoas (79 km de Belo Horizonte), no final de outubro.
Elaine Aparecida Batista, 26, a professora envolvida, é recém-formada em pedagogia e começou a dar aulas na escola no início deste ano, após um ano como ajudante.
A demissão foi efetivada ainda em outubro pela direção do Centro Educacional Mundo Encantado.
A Folha não conseguiu localizar a professora Elaine para comentar o episódio.
Dias após o incidente, a mãe da criança decidiu tirá-la da escola e processar a professora e a escola por danos morais.
Até a noite de ontem, a mãe não tinha ligado de volta para a reportagem.

Xingamento
A diretora da escola, Maria da Consolação Machado, afirma que a fita usada pela professora não tinha aderência forte.
De acordo com ela, a professora alegou que o menino a estava xingando e, então, decidiu tapar-lhe a boca utilizando fita crepe.
O garoto, de acordo com a versão da diretora, tirou a fita da boca. Com isso, a professora, além de voltar a fechar a boca da criança, prendeu os seus braços para trás, também com a fita.
O menino, ainda segundo a diretora, conseguiu se soltar em seguida. Outras 12 crianças presenciaram a ação, segundo a escola.

Outro lado
Em nota, o colégio afirma que os profissionais da escola passam por "rigorosa avaliação, tanto pessoal quanto profissional".
No caso da professora envolvida, a nota relata que não foi constatado nada que desabonasse sua conduta durante seu período de testes.
A nota ainda classifica o caso como um "lamentável e censurável incidente".
A direção da escola também afirma que, após o episódio, o menino continuou frequentando as aulas no estabelecimento, com acompanhamento psicológico.
O centro educacional, fundado há 20 anos, tem 230 alunos, do maternal à quarta série. A mensalidade cobrada é de cerca de R$ 300.


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