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Professora tapa boca de aluno com fita crepe
Estudante, de quatro anos, ainda teve o braço preso para trás em escola de MG
Colégio diz que, segundo a professora, ela fora xingada pelo menino, mas que se trata de um "lamentável e censurável incidente"
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Uma professora foi demitida
sob acusação de tapar a boca de
um menino de quatro anos e de
prender seus braços com fita
crepe em plena sala de aula.
O caso aconteceu numa escola particular de Sete Lagoas (79
km de Belo Horizonte), no final
de outubro.
Elaine Aparecida Batista, 26,
a professora envolvida, é recém-formada em pedagogia e
começou a dar aulas na escola
no início deste ano, após um
ano como ajudante.
A demissão foi efetivada ainda em outubro pela direção do
Centro Educacional Mundo
Encantado.
A Folha não conseguiu localizar a professora Elaine para
comentar o episódio.
Dias após o incidente, a mãe
da criança decidiu tirá-la da escola e processar a professora e
a escola por danos morais.
Até a noite de ontem, a mãe
não tinha ligado de volta para a
reportagem.
Xingamento
A diretora da escola, Maria da
Consolação Machado, afirma
que a fita usada pela professora
não tinha aderência forte.
De acordo com ela, a professora alegou que o menino a estava xingando e, então, decidiu
tapar-lhe a boca utilizando fita
crepe.
O garoto, de acordo com a
versão da diretora, tirou a fita
da boca. Com isso, a professora,
além de voltar a fechar a boca
da criança, prendeu os seus
braços para trás, também com a
fita.
O menino, ainda segundo a
diretora, conseguiu se soltar
em seguida. Outras 12 crianças
presenciaram a ação, segundo a
escola.
Outro lado
Em nota, o colégio afirma
que os profissionais da escola
passam por "rigorosa avaliação,
tanto pessoal quanto profissional".
No caso da professora envolvida, a nota relata que não foi
constatado nada que desabonasse sua conduta durante seu
período de testes.
A nota ainda classifica o caso
como um "lamentável e censurável incidente".
A direção da escola também
afirma que, após o episódio, o
menino continuou frequentando as aulas no estabelecimento,
com acompanhamento psicológico.
O centro educacional, fundado há 20 anos, tem 230 alunos,
do maternal à quarta série. A
mensalidade cobrada é de cerca
de R$ 300.
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