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LIXO
Tatto afirma que questionário poderá definir pagamento
Prefeitura quer que moradores avaliem serviço feito por empresa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo estuda utilizar no novo modelo de
limpeza urbana da cidade uma
avaliação dos moradores sobre o
trabalho das empresas de lixo para definir possíveis reduções no
valor que elas vão receber pela
realização do serviço.
"A opinião dos moradores pode
ser um dos critérios para garantir
o padrão de qualidade", disse Jilmar Tatto, secretário das Subprefeituras e dos Transportes.
Ele participou, ontem pela manhã, de debate sobre limpeza pública promovido pelo Instituto de
Cooperação Internacional e pela
Associação Nacional de Empresas de Limpeza Urbana.
Segundo o secretário, uma das
propostas em estudo seria uma
nota dada pelos munícipes. De
acordo com a média das notas, as
empresas poderiam ter reduzido
o valor que vão receber da prefeitura pelo serviço. Quanto mais
baixa, maior a redução.
"As empresas vão continuar a
ser multadas se não realizarem o
serviço, mas a reclamação dos
moradores pode entrar como um
dos elementos principais", disse o
secretário das Subprefeituras.
À tarde, o secretário de Serviços
e Obras, Jorge Hereda, disse que a
remuneração das empresas de coleta não será feita só com base no
peso. "Vamos criar mecanismos
de incentivo à redução do lixo."
Hereda disse que o projeto enviado à Câmara Municipal prevê
três formas de remuneração: por
quilo recolhido, pelo montante
estimado dos serviços ou pelo número de unidades de geração de
resíduos atendidas pelo serviço.
Pelo projeto, a taxa será cobrada
de acordo com a produção média
diária de lixo de cada domicílio. O
valor mínimo será R$ 6,41 e o máximo, R$ 61,36.
Hereda adiantou que o edital de
licitação para a concessão dos serviços de coleta e destinação final
de resíduos deverá permitir a formação de consórcios. A questão
foi levantada pelo presidente da
Anelurb, José Rui Bonatto. "O
edital pretende democratizar o
bolo", afirmou Hereda.
Segundo o secretário, a taxa que
será cobrada da população para o
serviço de limpeza será corrigida
anualmente pela inflação. No entanto, caso haja necessidade de
mais investimentos, tornando o
valor da taxa insuficiente, a prefeitura poderá encaminhar um
projeto de lei à Câmara pedindo
autorização para tanto.
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