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Van é o transporte disponível em mais municípios do país
DA SUCURSAL DO RIO
Quem transita pelas grandes
cidades pode imaginar que o
ônibus é o transporte de passageiros presente em mais municípios do país. Mas, na verdade,
predominam as vans, os mototáxis e os táxis -boa parte deles
informal. É o que revela a Munic (Pesquisa de Informações
Básicas Municipais) de 2008.
As vans estão em 59,9% dos
municípios, segundo dados coletados neste ano nas prefeituras. Em 2005, o índice era de
52,3%. O mesmo avanço ocorreu com o mototáxi. Em 2008,
o serviço estava disponível em
47,1% das cidades. Subiu para
52,7% em 2008. Já o táxi passou de 76,7% para 81,5%.
Todos são mais freqüentes
que os ônibus municipais e intermunicipais, presentes em
28,3% das cidades. Esse transporte destaca-se nas grandes
cidades: estão em 93% das com
mais de 100 mil habitantes.
Apesar de disponíveis em
menos cidades, os ônibus fazem diariamente o deslocamento de 55 milhões de pessoas, segundo a NTU (Associação Nacional das Empresas de
Transporte Urbano).
A pesquisa do IBGE também
constatou que a informalidade
é alta no transporte público. Na
maioria das cidades, os serviços
de mototáxi e de van não sofrem nenhum tipo de controle,
fiscalização e regulação.
No caso do mototáxi, a informalidade predomina em 75%
das cidades. Já as vans informais se sobressaem em 62%. O
serviço de ônibus não é regulamentado em 22% das 1.674 cidades onde está presente.
Segundo Carlos Henrique
Ribeiro, gerente técnico da
NTU, vans e mototáxis fazem
concorrência "predatória" aos
ônibus, que sofrem com falta de
passageiros e inviabilidade econômica. "O transporte ilegal inviabiliza, em muitos casos, os
ônibus. Desde a década de
1990, as empresas de ônibus já
perderam 35% do mercado."
Ele reconhece, porém, que o
transporte alternativo encontrou terreno, em parte, graças à
superlotação e à má qualidade
do serviço de ônibus.
Morador da favela Ladeira
dos Tabajaras, em Copacabana
(zona sul do Rio), Cosme dos
Santos, 30, é um exemplo da informalidade: é mototaxista há
dois anos, levando até 150 pessoas por dia. Ele diz ganhar
R$ 2.500 por mês, "mais que o
dobro" do que vendendo lanches, sua ocupação anterior.
Trem e metrô, diz o IBGE, só
aparecem em 0,3% e 1,5% das
cidades, respectivamente. Só 15
cidades contam com metrô.
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