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SEGURANÇA SOB AMEAÇA
Fábrica clandestina, que venderia armamentos para criminosos do Rio e de São Paulo, foi descoberta ontem
Metalúrgica fabricava fuzis em Guarulhos
DO "AGORA"
Uma fábrica clandestina de fuzis e metralhadoras artesanais foi
descoberta ontem de manhã pela
polícia em Guarulhos (Grande
São Paulo).
Uma pessoa foi presa. Cinco fuzis e munição foram apreendidos.
De acordo com a polícia, as armas
eram vendidas para facções criminosas do Rio de Janeiro e de
São Paulo, entre elas o PCC (Primeiro Comando da Capital).
A polícia informou que vai investigar se a fábrica forneceu armas aos criminosos que atacaram
bases da PM na capital nesta semana. Também será apurada a
relação com a tentativa frustrada
de resgate de presos do complexo
penitenciário de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo),
ocorrida no início desta semana.
Willian Grande, delegado seccional interino de Guarulhos, disse que a polícia investigava há um
mês a fábrica clandestina.
Ontem de manhã, os policiais
seguiram um suspeito de trabalhar no local e chegaram ao endereço, no Parque Novo Mundo.
"Na frente funcionava uma pequena metalúrgica normal. Os
funcionários fabricavam as armas
artesanais nos fundos do imóvel",
disse o delegado.
Segundo a Polícia Civil, a fabricação dos cinco fuzis encontrados
-que são uma imitação do modelo austríaco Sigsawer- seria
concluída amanhã.
Segundo o delegado, cada arma
seria vendida por R$ 5.000 a integrantes do PCC.
"Nós também encontramos diversos materiais e ferramentas
apropriados para a fabricação e
montagem das armas", afirmou
Grande.
Oito armas por semana
A capacidade de produção, segundo o delegado, variava de cinco a oito fuzis por semana.
"São armas de alto poder de fogo e intimidação psicológica, semelhantes às de uso exclusivo das
Forças Armadas. Podem ser utilizadas para perfurar carros-fortes,
por exemplo", contou o delegado.
Segundo a Polícia Civil, a fábrica
clandestina funcionava há mais
de dois meses.
Segundo o delegado, um homem, que seria funcionário dos
donos da metalúrgica, foi preso.
Os donos estão foragidos. "Eles
foram ao Rio de Janeiro na quinta-feira à noite para entregar três
fuzis e uma metralhadora", disse.
(DANILO ALMEIDA)
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