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AMBIENTE
Segundo governo, paralisação se deve ao atraso no pagamento feito por empresa responsável pelo trabalho
Greve de funcionários deixa 13 parques sem serviço de limpeza
LUÍSA BRITO
LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um dos portões do parque
Buenos Aires, em Higienópolis
(região central de SP), uma placa
improvisada pede ao visitante:
"Deixar o parque limpo, na medida do possível. Funcionários de
limpeza e manutenção estão em
greve por tempo indeterminado".
A área verde de 25.662 m2, inaugurada em setembro de 1913, é
uma das 13 da capital que não são
limpas há cinco dias.
Segundo a Secretaria Municipal
do Verde e do Meio Ambiente,
cerca de 140 empregados da Dima
-empresa que cuida da remoção
do lixo em mais de um terço dos
32 parques administrados pela
prefeitura- cruzaram os braços.
A secretaria diz que o motivo da
paralisação foi o atraso no pagamento de salários pela empresa.
O serviço está suspenso nos parques Buenos Aires, Trianon, da
Independência, da Aclimação, da
Luz, da Vila Guilherme, do Carmo, Lions Club Tucuruvi, Guarapiranga, Nabuco, Santo Dias, dos
Eucaliptos e Severo Gomes.
No Buenos Aires, tombado pelo
Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental, o gramado começa a acumular papéis de bala,
pacotes de biscoito, palitos de picolé e pontas de cigarro, sobretudo nos pontos ao redor dos bancos. Além disso, algumas latas de
lixo estão cheias. A situação pode
se agravar no fim de semana,
quando, segundo a secretaria, o
local recebe mais visitantes.
Quem passeia com freqüência
pelo parque se espanta com a mudança do cenário. "Os banheiros
estão muito sujos, não dá para entrar. O parque tem que estar limpo, porque vem muita criança",
afirmou a faxineira Silvana dos
Santos, que costuma ir ao local.
No parque da Aclimação (região
central), devido à falta de funcionários de limpeza, quatro dos seis
banheiros estão fechados. Das 19
pessoas que mantêm a área, apenas duas estão trabalhando. O local recebe cerca de 2.000 pessoas
diariamente e aos sábados e domingos o número quase triplica,
chegando a 5.000 visitantes.
Na tarde de ontem, as lixeiras
estavam lotadas, e o chão, cheio
de sacos plásticos, papéis de picolé e panfletos. Os parques infantis
eram os mais sujos.
"Geralmente é mais limpo. Hoje
está com muito papel de comida,
saquinho de pipoca e o lago está
verde de tanta sujeira", afirmou a
bancária Cynthia Ranieri, 36, que
costuma levar a filha, Pietra, 3, para o parque.
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