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STJ libera novo edifício no shopping Iguatemi
Tribunal rejeita recurso da prefeitura, que vê risco ambiental em expansão
Prédio de 26 andares está sendo construído sobre uma área contaminada, segundo
gestão Kassab; decisão de ministro ainda é provisória
DA REPORTAGEM LOCAL
O STJ (Superior Tribunal de
Justiça) negou pedido da Prefeitura de São Paulo para suspender as obras de expansão do
shopping Iguatemi, um dos
mais luxuosos da cidade, que fica na região dos Jardins.
A administração municipal
alega que o empreendimento,
um edifício de 26 andares, está
sendo construído sobre uma
área contaminada, que inclui a
água subterrânea e possivelmente também os poços artesianos na região da avenida Faria Lima, zona oeste da capital.
A prefeitura chegou a conseguir, liminarmente (de maneira provisória), a suspensão na
primeira instância judicial.
O Tribunal de Justiça paulista (segunda instância) resolveu
liberar a obra, decisão mantida
agora pela instância superior.
O ministro do STJ responsável pelo julgamento da liminar,
Hamilton Carvalhido, não concordou com a argumentação do
município, segundo a qual o
prosseguimento da obra geraria grave lesão à ordem pública,
por conta de uma ampliação
em área contaminada que estaria sob investigação ambiental.
Para o ministro, a suspensão
somente seria válida se comprovada existência de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas -ou
seja, a alegação de dano ambiental não era suficiente.
A Secretaria de Negócios Jurídicos da gestão Gilberto Kassab (DEM) informou que vai
recorrer da decisão, pois a obra
"não respeita a legislação estadual de intervenções sobre
áreas contaminadas".
Em nota encaminhada à Folha em agosto do ano passado,
o Iguatemi dizia estar cumprindo as determinações da Cetesb
(Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para o controle da área contaminada e
afirmava não haver nenhum
risco para a população.
"O foco de contaminação foi
integralmente removido, não
restando nenhum resíduo na
área primária", disse, à época, a
assessoria do shopping.
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