MÁRIO TONOCCHI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

O comerciante Alexandre Ribeiro Pereira, 55, de Nova Veneza, distrito de Sumaré (120 km de SP), quase teve as duas mãos decepadas por dois assaltantes quando tentava impedir o furto de seu bar, ontem de madrugada.
Os ladrões, que tentavam abrir uma máquina caça-níquel, agrediram Pereira com um facão de cortar cana. Pereira teve traumatismo craniano e vários cortes e perfurações no corpo.
O comerciante fez cirurgia de seis horas para reconstituir os pulsos, mas corre o risco de perder as mãos, segundo o diretor-assistente do Hospital Estadual de Sumaré, Dario Victor Labbate.
Pereira estava dormindo no bar para tentar evitar que o local fosse invadido pela quinta vez, segundo a família. "Uma noite antes de fazerem isso com ele, entraram no bar, pela quarta vez, e levaram coisas pequenas. Como a porta da frente não fechava direito, ele decidiu dormir lá", disse sua mulher, Neusa Ribeiro Pereira, 53.
"O comerciante tem lesões graves em todo o corpo. Há incontáveis cortes e perfurações. Acreditamos que a intenção dos agressores era cortar as duas mãos, pelo número de golpes nos pulsos", afirmou Labbate.
Segundo o diretor, a equipe de cirurgia reconstituiu as partes ósseas e circulatórias dos pulsos. "Temos de esperar 48 horas para saber se o sistema circulatório vai voltar a operar normalmente."
Os assaltantes, o eletricista Ricardo Luiz Marino Torres, 20, e o metalúrgico Cleber Eduardo Magalhães, 18, foram presos pela Guarda Municipal, que estranhou a porta do bar aberta. Ao tentar fugir, Torres caiu em um barranco e quebrou o fêmur direito.
"Ele [Magalhães" afirmou que não agrediu o comerciante. Disse que os dois entraram no bar e o comerciante surgiu com uma barra de ferro", disse o delegado titular do 3º DP de Nova Veneza, Robson Gonçalves de Oliveira, 35.



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