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Investigadores do GOE são afastados
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dois investigadores do GOE
(Grupo de Operações Especiais)
da Polícia Civil que participaram
da ação que resultou na morte de
Larissa Alves de Souza, 5, na favela da rua Alba, no último domingo, vão realizar trabalhos internos
até a divulgação dos resultados
dos exames residuográficos de
balística e da necropsia.
Segundo os moradores da favela, na zona sul de São Paulo, os policiais entraram atirando. De
acordo com a polícia, houve confronto e tiroteio no local.
A decisão de afastar os investigadores Alexandre Scaranella, 28,
e José Renato de Oliveira Filho,
34, é do delegado-supervisor do
GOE, Sérgio Guarda. Os dois estão no GOE há dois anos e, segundo Guarda, nunca tiveram problemas anteriores.
"Por precaução achei melhor
afastá-los. Os exames vão poder
identificar se eles estão envolvidos
ou não. As armas dos policiais são
as pistolas 40 e 45. Na necropsia,
identificaremos se os disparos foram deles", disse Guarda.
Eles vão ficar no serviço de rádio interno ou na segurança do
prédio. Na ação havia dois carros
do GOE e cinco policiais. No entanto, de acordo com Guarda,
apenas os dois investigadores entraram na favela. Os outros três
teriam ficado na retaguarda.
O delegado-supervisor do GOE
disse ontem não estranhar que os
traficantes tenham atirado quando viram os policiais e por isso
eles revidaram. "Mesmo que fossem dois traficantes eles costumam atirar e fugir."
O inquérito instaurado no 35º
DP (Jabaquara), zona sul, para
apurar a responsabilidade de
quem atirou na menina foi encaminhado ontem para a Corregedoria da Polícia Civil, por causa
da suspeita do envolvimento dos
investigadores.
Como o inquérito até ontem à
tarde não havia chegado, não foi
definido qual delegacia de crimes
funcionais ficará com o caso.
No 35º DP ficará apenas o inquérito para investigar quais são
os responsáveis por incendiar os
sete ônibus em protesto pela morte de Larissa.
Apesar de o exame residuográfico ter sido feito no domingo nos
dois investigadores, o pedido para
a análise ainda não chegou ao Instituto de Criminalística.
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