|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Medicamentos aumentam até 49%, revela pesquisa
Reajuste ocorreu até em remédios com os preços controlados pelo governo
Empresas podem receber
multa da Anvisa, que vai
apurar eventuais abusos dos
laboratórios; novo reajuste
será no próximo dia 31
TONI SCIARRETTA
DA FOLHA ONLINE
Apesar do monitoramento
de preços feito pelo governo,
cerca de 400 medicamentos tiveram aumentos de até 49,44%
no último ano, revela pesquisa
do Idum (Instituto Brasileiro
de Defesa dos Usuários de Medicamentos) obtida pela Folha
Online. O reajuste aconteceu
mesmo após o aumento concedido pelo governo em 2006.
Como os preços são controlados, os laboratórios que aumentaram os medicamentos
podem ser multados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A agência
afirma que tomou conhecimento da pesquisa e que vai
apurar eventuais abusos dos laboratórios. De acordo com a
Anvisa, as multas podem chegar a R$ 3,2 milhões. Desde
2003, a agência já aplicou 50
multas. Os remédios terão novo reajuste no próximo dia 31
de março.
Segundo a pesquisa, o remédio com o maior aumento foi o
Cloridrato de Sertralina, do laboratório Medley -49,44%.
Trata-se de um antidepressivo,
também usado no tratamento
do TOC (Transtorno Obsessivo
Compulsivo). O remédio passou de R$ 55, em abril de 2006,
para R$ 82,19 em março.
Mas a Medley afirma que
houve um erro na divulgação
do preço em abril de 2006, que
logo depois foi retificado. A empresa diz que o remédio nunca
chegou a custar R$ 55.
O segundo medicamento
com maior reajuste (40,29%)
foi o antibacteriano Azitromicil, da Greenpharma, que custava R$ 13,85 em 2006 e agora
chega a ser vendido a R$ 19,43.
Não-controlados
A pesquisa também constatou aumentos acima da inflação nos remédios não-controlados pelo governo, mas muito
consumidos no país, como o
analgésico Dórico (Sanofi-Aventis), que subiu 50,09%. A
Aspirina (Bayer), um dos medicamentos mais populares no
Brasil, teve reajuste de 12,40%,
enquanto o Melhoral (laboratório DM) subiu 10,01%. A Neosaldina (Altana Pharma) teve
reajuste de 8,13%.
O antiinflamatório Flanax,
da Bayer, utilizado no alívio de
dores musculares e também no
tratamento de asma, foi reajustado em 11%.
Em março de 2006, o governo autorizou três faixas de aumentos -até 5,51%, 4,51% e
3,64%, de acordo com a competição com genéricos nos pontos
de vendas. O reajuste deste ano
também vai ser dividido em
três categorias -3,02%, 2,01%
e 1%.
O grupo de remédios em que
os genéricos têm participação
de mercado de mais de 20% sofrerá o reajuste máximo, de
3,02%. Para participação entre
15% e 20%, o aumento será de
2,01%. Para participação de genéricos abaixo de 15%, o reajuste será de 1%.
NA INTERNET - Leia mais na Folha Online
http://www.folha.com.br/070724
Texto Anterior: PF cria plantão extra para emissão de passaportes Próximo Texto: Trânsito: Acesso à rua 24 de maio é liberado para veículos Índice
|