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SAÚDE
Para cada 3 homens com HIV, há 1 mulher
Programa anti-Aids
prioriza mulher
da Sucursal de Brasília
As mulheres receberão mais
atenção no novo programa de prevenção e controle da Aids do Ministério da Saúde. A razão é o crescimento da incidência de casos na
população feminina, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.
Em 94, havia uma mulher HIV
positivo para cada 26 homens contaminados no país. Hoje, essa proporção é de uma mulher para cada
três homens.
O programa do ministério foi divulgado ontem e terá vigência entre julho de 1998 e junho de 2002.
Esse será o segundo programa de
controle da Aids financiado pelo
Banco Mundial e pelo governo
brasileiro. O primeiro, também
com vigência de quatro anos, terminará em junho deste ano.
Os objetivos dos programas são
prevenir a doença, prestar assistência e informação e monitorar
os casos de HIV. As principais novidades com relação ao programa
anterior estão na gestão, buscando
maior descentralização, e na ampliação do público-alvo, que
abrangerá as populações de baixa
renda e indígena.
Com relação à gestão, criar conselhos com representantes da sociedade civil será condição necessária para que municípios e Estados recebam verba do novo programa. Segundo Pedro Chequer,
coordenador nacional de doenças
sexualmente transmissíveis e
Aids, a exigência de um conselho
local tem o objetivo de garantir
maior controle social na aplicação
dos recursos.
O conselho deve ser formado
por membros da sociedade civil,
como ONGs e sindicatos.
Outra inovação é o estímulo à
formação de consórcios municipais que organizariam a prestação
de serviços regionalmente.
O valor do financiamento é de
U$ 300 milhões. O Banco Mundial
é responsável por 55% do financiamento. Os governos federais,
estaduais e municipais respondem
respectivamente por 26%, 11% e
8% do valor total.
Segundo estimativas do Ministério da Saúde, 500.000 pessoas estão infectadas pelo HIV no país.
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