São Paulo, Domingo, 14 de Março de 1999
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Áreas que eram proibidas desde 97
são reocupadas

da Reportagem Local

Com a fiscalização ausente, os camelôs voltam para locais proibidos desde que a prefeitura iniciou a remoção de camelôs do centro da cidade, dentro da "limpeza da Paulista", em julho de 97.
O caso mais gritante é o do largo da Concórdia, no Brás. Palco de verdadeiras guerras entre camelôs e guardas municipais, inclusive com pessoas feridas a tiros, o largo teve as calçadas reocupadas após o atentado contra o líder dos ambulantes do bairro, Afonso José da Silva, no dia 20 de fevereiro.
O comércio nas calçadas do largo estava proibido desde o ano passado, quando a prefeitura iniciou as obras do bolsão na praça.
Os camelôs são contra os bolsões e os ambulantes que ficaram com as bancas do meio do largo, hoje fechadas, voltaram para as calçadas.
Entretanto, mesmo indo para a calçada, os camelôs reclamam que o largo ficou associado a confusão, tumulto e que os fregueses abandonaram a região.
"Antes do bolsão, dava R$ 100 num dia normal e R$ 200 na época do Natal. Hoje, se der R$ 40 é um dia muito bom", afirmou uma vendedora de calçados femininos que pediu para não ser identificada.


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