São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2000


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CRIME
Cachorro foi usado como arma para ameaçar estudantes no Rio; dois menores estão entre os ladrões
Três são presos por assalto com pit bull

da Sucursal do Rio

Três rapazes foram presos na noite de anteontem depois de assaltarem três estudantes usando um cachorro da raça pit bull como arma, em São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio.
A ação inusitada aconteceu por volta das 20h, quando o dono do cão Hulck, Rodrigo Batista de Souza, 22, junto com os menores D.R., 16, e D.C.M., 15, surpreendeu os estudantes Vítor Celestino, Daniel Pantoja Mendonça e Guilherme Assis de Oliveira, todos de 15 anos.
Os três tinham acabado de deixar o colégio federal Pedro 2º, onde cursam a oitava série. Os assaltantes ameaçaram os estudantes dizendo que Hulck era treinado para atacar.
Amedrontados, os adolescentes foram obrigados a entregar suas mochilas, tênis e relógios e um deles ainda teve o cinto roubado.
Celestino, Mendonça e Oliveira avisaram os policiais militares do batalhão de São Cristóvão, que faziam a segurança da área, e os assaltantes foram presos momentos depois.
O comandante do batalhão, tenente-coronel Paulo Sérgio Silva, disse que essa foi a primeira vez que presenciou um assalto em que os criminosos usaram um cão como arma.
Os três foram levados para a 17ª Delegacia de Polícia, onde o cão, que tem apenas 11 meses, tentou avançar num policial que conduzia seu dono.
Para que Souza acalmasse o animal, foi preciso que os policiais ameaçassem matá-lo.
Ele já havia sido repreendido por policiais da mesma delegacia meses atrás, quando passeava com um cão da mesma raça sem focinheira.
Depois de prestarem depoimentos, os dois menores foram encaminhados à DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).
De acordo com a polícia, o grupo já havia praticado pequenos furtos, mas nunca havia utilizado um cachorro como arma.
Hulck foi levado para o Instituto Municipal de Veterinária, onde permanecerá em observação por dez dias.
Durante esse período, os veterinários analisarão se o cão é portador de alguma doença. Caso não tenha nenhuma enfermidade, o animal será encaminhado para alguma instituição de proteção aos animais.
Uma lei aprovada ano passado pela Assembléia Legislativa do Rio depois que um pit bull matou um menino na zona oeste da capital proíbe que os donos saiam com os cães da raça sem coleira e sem focinheira.
A lei também determina que os pit bulls só sejam levados à rua depois da meia-noite. Entretanto continua esperando regulamentação.



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