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CRIME
Cachorro foi usado como arma para ameaçar estudantes no Rio; dois menores estão entre os ladrões
Três são presos por assalto com pit bull
da Sucursal do Rio
Três rapazes foram presos na
noite de anteontem depois de assaltarem três estudantes usando
um cachorro da raça pit bull como arma, em São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio.
A ação inusitada aconteceu por
volta das 20h, quando o dono do
cão Hulck, Rodrigo Batista de
Souza, 22, junto com os menores
D.R., 16, e D.C.M., 15, surpreendeu os estudantes Vítor Celestino,
Daniel Pantoja Mendonça e Guilherme Assis de Oliveira, todos de
15 anos.
Os três tinham acabado de deixar o colégio federal Pedro 2º, onde cursam a oitava série. Os assaltantes ameaçaram os estudantes
dizendo que Hulck era treinado
para atacar.
Amedrontados, os adolescentes
foram obrigados a entregar suas
mochilas, tênis e relógios e um deles ainda teve o cinto roubado.
Celestino, Mendonça e Oliveira
avisaram os policiais militares do
batalhão de São Cristóvão, que faziam a segurança da área, e os assaltantes foram presos momentos
depois.
O comandante do batalhão, tenente-coronel Paulo Sérgio Silva,
disse que essa foi a primeira vez
que presenciou um assalto em
que os criminosos usaram um cão
como arma.
Os três foram levados para a 17ª
Delegacia de Polícia, onde o cão,
que tem apenas 11 meses, tentou
avançar num policial que conduzia seu dono.
Para que Souza acalmasse o animal, foi preciso que os policiais
ameaçassem matá-lo.
Ele já havia sido repreendido
por policiais da mesma delegacia
meses atrás, quando passeava
com um cão da mesma raça sem
focinheira.
Depois de prestarem depoimentos, os dois menores foram
encaminhados à DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente).
De acordo com a polícia, o grupo já havia praticado pequenos
furtos, mas nunca havia utilizado
um cachorro como arma.
Hulck foi levado para o Instituto Municipal de Veterinária, onde
permanecerá em observação por
dez dias.
Durante esse período, os veterinários analisarão se o cão é portador de alguma doença. Caso não
tenha nenhuma enfermidade, o
animal será encaminhado para alguma instituição de proteção aos
animais.
Uma lei aprovada ano passado
pela Assembléia Legislativa do
Rio depois que um pit bull matou
um menino na zona oeste da capital proíbe que os donos saiam
com os cães da raça sem coleira e
sem focinheira.
A lei também determina que os
pit bulls só sejam levados à rua
depois da meia-noite. Entretanto
continua esperando regulamentação.
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