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Hospital público tem ociosidade de 25%
da Reportagem Local
O Hospital do Servidor Público
Estadual está com 25% dos leitos
ociosos. Há 1.200 leitos, mas só
900 podem ser ocupados.
Segundo a direção do hospital,
isso acontece porque há um déficit de 35% de funcionários.
O hospital teve alas ampliadas
recentemente, como o ambulatório de psiquiatria, inaugurado no
último dia 3, mas o funcionamento tem sido precário, segundo denúncia de Luiz Carlos Aiex Alves,
presidente da Associação Médica
dos Servidores do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).
A diretora do hospital, Gilka
Nery, admite que há falta de pessoal na equipe de enfermagem.
Segundo ela, o déficit de funcionários causa a ociosidade no
aproveitamento dos leitos.
De acordo com Alves, além de
menos pessoal, há falta de recursos. Ele responsabiliza o governo
do Estado por supostamente não
investir o que deveria. Isso impede a contratação de novos funcionários. "O governo desconta 2%
do salário dos servidores para a
manutenção do hospital, mas não
dá nenhuma contrapartida equivalente", diz o presidente.
A posição da associação é de
que deveriam ser investidos,
anualmente, cerca de R$ 440 milhões no hospital. "A quantia arrecadada com os descontos nos
salários do servidores é de R$ 220
milhões. O Estado deveria adicionar mais R$ 220 milhões".
Ele afirma que esse problema
não acontece apenas no ambulatório de psiquiatria. "No prédio
central, há várias salas que, apesar
de não terem sido inauguradas, já
poderiam estar funcionando desde que houvesse funcionários suficientes para atender aos servidores. Oito alas novas estão trancadas desde que a reforma foi concluída", afirma.
O presidente da associação diz
também que os recursos que o Estado investe no hospital não cobrem nem um sexto dos gastos
com transporte dos funcionários:
"O Estado investe R$ 1 milhão no
hospital, mas só o custo do vale-transporte dos funcionários é de
R$ 6 milhões".
Gilka respondeu às acusações
de Alves. "Não estamos aqui para
desenvolver embates políticos ou
pessoais. A administração está
tranquila porque tudo está sendo
feito em benefício do paciente".
A assessoria de imprensa do
hospital divulgou em nota oficial
que o comunicado da Iamspe é irresponsável, leviano e criminoso.
A diretora afirmou que quando a
administração assumiu o hospital
em 1995 menos da metade dos leitos estava disponível, a área física
estava comprometida -inclusive
com ratos e baratas -não havia
abastecimento de medicamentos
e faltavam equipamentos.
De acordo com ela, uma reforma foi feita e todos esses problemas já foram resolvidos mas o
serviço está sendo reestruturado.
Gilka afirmou que está sendo feita
uma comparação do número de
médicos e da produtividade desses funcionários e isso estaria causando reações.
A diretora disse que o ambulatório da psiquiatria está funcionando normalmente.
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