São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PUNIÇÃO
Manoel Messias Alves Martins recebeu sentença de cinco anos de prisão
Incendiário de Marília é condenado

EDMILSON ZANETTI
da Agência Folha, em São José do Rio Preto

O vigia noturno Manoel Messias Alves Martins, acusado de ser o incendiário de Marília, no interior de São Paulo, foi condenado a quatro anos de prisão em regime fechado, e a 14 meses de detenção em regime semi-aberto.
Martins responde a 25 processos por incêndios e danos provocados em 39 veículos em Marília (443 km a noroeste de São Paulo). Essas condenações se referem a cinco ataques, julgados em dois processos.
De janeiro a outubro do ano passado, foram queimados 50 veículos na cidade. Preso na madrugada de 6 de outubro, o vigia confessou na polícia ter sido autor de 39 incêndios. Martins foi preso ao fazer uma ligação para a PM, de um telefone público. No telefonema, ele anunciou mais um ataque na cidade. Na época, ele alegou estar bêbado.
Posteriormente, em blitz realizada na casa do incendiário, a polícia encontrou fichários com nomes dos clientes de Martins e dois frascos com álcool (um vazio e outro pela metade).
A procuradora do Estado Kátia Teixeira Folgosi, que faz a defesa de Martins nos processos da 2.ª Vara Criminal, disse que ele negou as acusações em juízo. A procuradora não sabe se o réu vai recorrer da decisão.
Segundo seu depoimento à polícia, Martins incendiava os veículos para convencer outros donos a contratá-lo como segurança noturno. Ele trabalhava como vigia autônomo no bairro São Miguel, onde aconteceu o maior número de ataques.
Foram ações ousadas, próximas de delegacias de polícia ou de postos do Corpo de Bombeiros, nas ruas e em garagens fechadas. Nos primeiros ataques, o incendiário usava coquetéis molotov. Nas últimas, o fogo se propagava a partir do motor, com o combustível jogado pela fresta de ventilação, no capô do carro.
Na época, a prefeitura ofereceu uma recompensa em dinheiro para quem desse pistas do maníaco. Cópias de um retrato falado foram espalhadas pela cidade.
Nas duas ações já julgadas, o juiz José Henrique Ursulino, da 2.ª Vara Criminal, entendeu que Martins é responsável por danos e incêndios em cinco veículos, em ataques feitos em 16 de janeiro e 10 de abril do ano passado.



Texto Anterior: Assalto: Ladrões levam jóias no valor de R$ 5 mi
Próximo Texto: Favela Naval: Novo julgamento de Rambo é prorrogado
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.