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AMBIENTE
Coordenador do órgão no Rio de Janeiro afirma que a área afetada diminuiu de 42 para 30 quilômetros quadrados
Mancha de óleo tende a se diluir, diz Ibama
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O óleo vazado na madrugada de
anteontem da plataforma P-7, da
Petrobras, tende a se diluir no
oceano, sem atingir a costa do Estado do Rio de Janeiro.
A informação foi dada ontem
pelo coordenador do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Estado do Rio, Carlos
Henrique Abreu Mendes.
Acompanhado pelo diretor de
Controle e Fiscalização do Ibama,
Humberto Cavalcanti, e por técnicos da Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), o coordenador-regional
sobrevoou ontem pela manhã a
área atingida pelo óleo, localizada
a cerca de 100 quilômetros do litoral fluminense.
Abreu Mendes afirmou que a
área da mancha diminuiu de 42
quilômetros quadrados, registrados na tarde de anteontem, para
cerca de 30 quilômetros quadrados, ontem de manhã.
A Petrobras está utilizando
1.500 metros de barreiras para
conter o óleo. No local estão também seis embarcações, que têm a
incumbência de realizar a dispersão da mancha.
O coordenador do Ibama no
Rio calculou haver, no ponto de
maior concentração de óleo, cerca
de 8.000 litros.
A Petrobras informou ter vazado da plataforma um total de 26
mil litros de óleo. O vazamento,
segundo a estatal, foi interrompido às 14h30 de anteontem.
Multa
O sobrevôo feito pelos técnicos
indicou que devem ainda restar
cerca de 11 mil litros de óleo espalhados pelo oceano.
Abreu Mendes afirmou que ainda não foi estipulada uma multa
para a Petrobras.
Segundo o coordenador, será
feito um relatório da situação na
bacia de Campos, que vai ser analisado pela direção do Ibama, em
Brasília. Só depois da análise deverá ser fixada uma multa.
No momento em que óleo e gás
começaram a vazar, havia 143 petroleiros na P-7, dos quais 37 permaneceram na plataforma para
combater o vazamento.
Os demais trabalhadores foram
transferidos anteontem para as
plataformas de Enchova e Pampo,
também na bacia de Campos.
Foi o quarto acidente este ano
na bacia, responsável por 80% da
produção nacional de petróleo, de
1,2 milhão de barris por dia.
O novo vazamento provocou
um clima desagradável na empresa, pela proximidade com a tragédia da P-36, no dia 15 de março, e,
principalmente, pela sucessão de
derramamentos mais graves registrados desde o ano passado.
Controle
Nota oficial divulgada ontem à
tarde em Macaé (município litorâneo a 190 km do Rio) pela Unidade de Negócios da Petrobras na
bacia de Campos informou que a
situação da plataforma P-7 "está
sob controle".
O vazamento inundou parte do
deque da plataforma e, por precaução, a empresa retirou 106 das
143 pessoas que estavam a bordo.
As demais eram das brigadas de
incêndio e de emergência e ficaram para controlar a situação.
De acordo com a nota, 96 pessoas estavam à bordo da P-7 durante o dia de ontem.
"Espera-se o retorno pleno à
produção em, no máximo, 48 horas", afirma a nota.
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